Manifestações de junho de 2013: momentos, atores e significados
DOI:
10.46551/alt0401202208Palavras-chave:
manifestações de junho, representação, Participação Política, movimentos sociaisResumo
Este artigo analisa as manifestações de junho de 2013, a partir da aproximação da Ciência Política ao compreende-las como resultado da incapacidade de as instituições políticas formais, especialmente aquelas vinculadas à representação política, processar as demandas sociais de forma satisfatória. Considera-se que o processo de representação social é um continuum, por isso, as manifestações de junho são entendidas como resultado de certa descontinuidade do processo de representação e abre espaço para formas de organização e participação política, até então, inovadoras, descentralizadas e fluídas. Por isso, o Movimento Passe Livre (MPL), os Black Blocks e o Anonymous alcançaram protagonismo. Conclui-se que os protestos pesquisados promoveram certa “consciência” do direito à manifestação e deram visibilidade a demandas populares como melhoria da qualidade de vida nas cidades e da qualidade do sistema e representação política. Estas demandas se apresentam como consequência do maior acesso à educação e à internet, que reduziram os custos da mobilização política e viabilizaram novas formas de participação.
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