GLOBALIZAÇÃO PERVERSA:
caso da Guiné-Bissau
DOI:
10.46551/alt0602202402Palavras-chave:
Globalização; Guiné-Bissau; Colonização; Colonialidade.Resumo
No presente artigo pretende-se contemplar a fenomenologia da globalização, concebida como o processo intrínseco à interconexão dos Estados-nação nos domínios político, econômico e sociocultural e suas implicações na tessitura da vida social. Nesse contexto, propõe-se uma análise acerca da instrumentalização da globalização enquanto mecanismo de perpetuação da “colonialidade” (Quijano, 2005) no contexto do Estado-nação bissau-guineense. Empregar-se-á uma abordagem metodológica de cunho bibliográfico, embasada em uma perspectiva qualitativa, como estratégia hábil para a coleta de dados provenientes de diversas fontes documentais, tais como obras literárias, ensaios acadêmicos, dissertações, teses, periódicos e jornais. Conclui-se que o Estado-nação guineense não pode progredir de forma isolada do panorama global e do contexto financeiro contemporâneo; carece, ao invés disso, de uma nova abordagem dinâmica que lhe permita posicionar-se estrategicamente e capitalizar as interações propiciadas pela globalização, visando fortalecer-se internamente e libertar-se de potenciais tentativas de recolonização.
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