A INDÚSTRIA CULTURAL E O USO DA ESTÉTICA COMO ENCANTAMENTO
DOI:
10.46551/alt0602202401Palavras-chave:
Desencantamento do mundo, Racionalização, Indústria Cultural, EstéticaResumo
O objetivo deste trabalho é desenvolver uma análise sobre o desencantamento do mundo na perspectiva de Max Weber, relacionando esse fenômeno diretamente com as manifestações da indústria cultural, nos tempos modernos. Theodor W. Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973) têm perspectivas parecidas sobre o fenômeno apontado por Weber, mas diferem-se na maneira de problematizar a racionalização e a ideia de desencantamento do mundo, resultante desse processo. A metodologia de estudo desenvolvida para este artigo foi a pesquisa bibliográfica de livros e artigos acadêmicos, entre eles "Dialética do esclarecimento", de Adorno e Horkheimer, utilizando seu conceito de "indústria cultural" para fundamentar e embasar uma análise crítica sobre o “desencantamento do mundo”, na perspectiva estética do mundo racionalizado moderno. Conclui-se, assim, que a modernização do sistema econômico capitalista transforma a arte em indústria cultural; dessa forma utilizando-se da mesma como uma engrenagem de consumo, que suprime indivíduos a certos padrões de vida e a padrões de consumo também. Por fim, a indústria cultural expropria o esquematismo dos indivíduos, transformando-os em seres desencantados, para que dessa forma seja criado no capitalismo um mercado inteiro baseado em vender encantamento para as pessoas.
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Referências
ADORNO,Theodoro. W. & HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento: Fragmentos Filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 5. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkia, 2001. Manela Pinto e Alexandre Morujão.
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WEBER, Max. A ética protestante é o "espirito" do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.
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