Food and religion from an anthropological perspective: a brief study on sacred foods in Candomblé Bantu

Authors

  • Luiz Fábio Pinheiro Lima Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Brasil, Minas Gerais, Brasil.

DOI:

10.46551/alt0401202205

Keywords:

Religião, Antropologia da Alimentação, Povos de Terreiro

Abstract

The article presents reflections on the eating practices of the terreiro peoples with the objective of showing the dimensions of knowledge and traditions related to the cuisine of saints in Candomblé, highlighting characteristics of the African Bantu religious tradition in Brazil. Aiming at the terreiro's kitchen as a space for sociability through the production of saint's food, thinking both about issues related to food and the social relationships established in the kitchen. The theoretical foundation is based on the Anthropology of Food, using a bibliographic review as a methodological procedure, demonstrating the importance of food in the preservation and continuity of religious practices.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Luiz Fábio Pinheiro Lima, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Brasil, Minas Gerais, Brasil.

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Montes Claros; Mestrando em Desenvolvimento Social – PPGDS (UNIMONTES); Email:< limaluizfabiopinheiro@gmail.com>.

References

ADOLFO, Sérgio; NKISI, Tata Dia Nkusu Paulo. Estudos sobre o candomblé Congo-Angola. Londrina: Eduel, 2010.

ALTUNA, Raul Ruiz de Asús. A cultura tradicional banto. Luanda: Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, 1985.

AMARAL, Rita. As mediações culturais da festa. Mediações-Revista de Ciências Sociais, v. 3, n.1, p. 13-22, 1998.

ALVARENGA, Marcos, Andréa de Souza Lobo, and Ellen F. Woortmann. Cozinha também é lugar de magia: alimentação, aprendizado e a cozinha de um terreiro de Candomblé. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)-Universidade de Brasília, 2017.

BASTIDE, Roger. O Candomblé da Bahia (rito nagô). Brasiliana, 1961.

BARBOSA, L. Feijão com arroz e arroz com feijão: o Brasil no prato dos brasileiros. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 13, n. 28, p. 87-116, jul./dez. 2007.

BASSI, Francesca. "Revisitando os tabus: as cautelas rituais do povo santo." Relig Soc, v. 32, n. 2, 170-92, 2012.

BRAGA, Julio. Na gamela do feitiço: repressão e resistência nos candomblés da Bahia. Salvador, EDUFBA, 1995.

CANESQUI, Ana Maria; GARCIA, Rosa Wanda Diez. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. Scielo-Editora FIOCRUZ, 2005.

CARNEIRO, Édison de Souza. Candomblés da Bahia. Salvador: Editora Ediouro, 1935.

CORRÊA, Norton F. A cozinha é a base da religião: a culinária ritual no batuque do Rio Grande do Sul. Antropologia e Nutrição: um diálogo possível. 2005. 69-85.

COELHO, Costa, Ewerton Reubens. Nos banquetes de Candomblé os deuses comem: representatividade mitológica nas comidas de santo. Ágora, v. 18, n. 1, p. 78-86, 2016..

DA MOTTA LODY, Raul Giovanni. Santo também come. Editora: Pallas, 1998.

DOUGLAS, Mary. Pureza e Perigo. São Paulo: Perspectiva, 2012.

DE AGUIAR, Janaina Couvo Teixeira Maia. Os orixás, o imaginário e a comida no Candomblé. Revista Fórum Identidades, v. 11, n. 6, p 160-170, 2013.

ÉBOLI, Luciana Morteo. Memória e tradição nos dramas de São Tomé e Príncipe e Angola: os teatros de Fernando de Macedo e José Mena Abrantes. Tese (Doutorado em Teoria da Literatura), PUC-RS, 2010.

GIARD, Luce, and Pierre Mayol. A invenção do cotidiano 2: morar, cozinhar. Petrópolis: Artes de Fazer (1996).

GIROTO, Ismael. O universo mágico-religioso negro-africano e afro-brasileiro: bantu e nagô. Tese (Doutorado em Antropologia), USP, 1999.

GORSKI, C. Ritual de iniciação no candomblé de ketú: uma experiência antropológica. Revista Todavia, v. 3, n. 4, p. 52-64, 2012.

GONÇALVES, Fábio da Silva; OLIVEIRA, Daniel Coelho. Comidas e oferendas: entre a comida dos homens e dos deuses. VIII Encontro Nacional de Estudos do Consumo, Rio de Janeiro, 2016.

DA SILVA, Vagner Gonçalves. Candomblé e umbanda: caminhos da devoção brasileira. Selo Negro, 2005.

LÉVI-STRAUSS, C. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac &Naif, 2004.

LIMA, Luiz Fábio Pinheiro. Enquanto eles comem, nós também comemos: estudo das práticas alimentares de um povo de terreiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2019.

LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

LOPES, Nei. Kitábu: o livro do saber e do espírito negro-africanos. Senac, 2005.

MALANDRINO, Brígida Carla. Há sempre confiança de que se estará ligado a alguém: dimensões utópicas das expressões da religiosidade bantú no Brasil. Tese (Doutorado em Ciências da Religião), PUC São Paulo, 2010.

MAURÍCIO, George, and Vera de Oxalá. O Candomblé bem explicado: Nações Bantu, Iorubá e Fon. Pallas Editora, 2.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. Portugal: Edições 70, 2008.

MARCEL, Mauss; HUBERT, Henri. Sobre o sacrifício. São Paulo: Cosac & Naify (2005).

MINTZ, Sidney W. Comida e antropologia: uma breve revisão. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 16, n. 47, p. 31-41, 2001.

MONTANARI, Massimo. Comida como cultura / Massimo Montanari; tradução de Letícia Martins de Andrade. – 2°ed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2013.

MUNANGA, Kabengele. Origem e histórico do quilombo na África. Revista da USP, São Paulo, n. 28, p. 56-63, dez. 1995-fev.1996.

PEIRANO, Mariza GS. Rituais ontem e hoje. Zahar, 2003.

PESSOA DE BARROS, José Flávio; VOGEL, Arno; MELLO, Marco Antonio Silva. Galinha d’angola: iniciação e identidade na cultura afro-brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1998.

PETTER, Margarida. A presença de línguas africanas na América Látina. Linguística, v. 26, p. 78-96, 2011.

POULAIN, J-P. Sociologias da Alimentação: os comedores e o espaço social alimentar. 2ªed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2013.

PRANDI, Reginaldo. Candomblé and the time. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 16, n. 47, p. 43-58, (2001a).

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás / Reginaldo Prandi; ilustrações de Pedro Rafael. – São Paulo: Companhia de Letras, 2001b.

QUERINO, Manuel. Costumes africanos no Brasil. 2. ed. Salvador: EDUNEB, 2010.

QUINTANA, Eduardo. Práticas de socialização no terreiro: possibilidades e desafios nos estudos das religiões de matrizes africanas. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 17, n. 48, p. 426-449, 2020.

RABELO, Miriam C. M. Entre a casa e a roça: trajetórias de socialização no candomblé de habitantes de bairros populares de Salvador. Relig. Soc. v. 28, n. 1, p. 176-205, 2008.

SILVA, Vagner Gonçalves da Silva, Lody, Raul. Jõaozinho da Gomeia: o lúdico e o sagrado na exaltação ao Candomblé. In: Caminhos da Alma: memoria afro-brasileira. Vagner Gonçalves da Silva(org) , 2 ed., p. 153-182, São Paulo: Selo Negro, 2002.

SILVEIRA, Renato da. Jeje-nagô, iorubátapá, aonefan e ijexá: processo de constituição do Candomblé da Barroquinha, 1764-1851. Revista Cultura Vozes, Petrópolis, v. 94, n. 6, p. 80-101, 2000.

SODRÉ, Muniz. O terreiro e a cidade: a forma social negro-brasileira. Vozes, 1988.

SODRÉ, Muniz. A verdade seduzida: por um conceito de cultura no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

SOUZA JÚNIOR, Vilson Caetano. O Banquete Sagrado – Notas Sobre Os “De Comer” Nos Terreiros De Candomblé. Salvador: Atalho, 2009.

SOUZA, Laura de Mello E. O diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo, Companhia das Letras 1986.

VANSINA, J. Les anciens royaumes de La Savane. Institut de Recherches Economiques et Sociales, Université Lovanium, Leopoldville, 1965b.

VELOSO, Waldir de Pinho. Direito a alimentação./Waldir de Pinho Veloso./ Curitiba: Juruá, 2017.

WOORTMANN, Ellen F. A comida como linguagem. Revista Habitus-Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, v. 11, n. 1, p. 5-17, 2013.

WOORTMANN, Klaas. Quente, frio e reimoso: alimentos, corpo humano e pessoas. Caderno Espaço Feminino, v. 19, n. 1, p. 17-30, 2008.

Sites

OLAIGBO. Candomblé o mundo dos orixás. Uma definição de Odu. Disponível em < https://ocandomble.com/2011/07/10/uma-definicao-de-odu/ > acessado em 27/11/2019.

Published

2022-12-15