A expansão da Rede Federal de Ensino: um estudo da área de influência do campus São João dos Patos (MA)

Autores

  • Tiago Sandes Costa Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Sérgio Lana Morais Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, Belo Horizonte (MG), Brasil

DOI:

10.46551/alt0401202207

Palavras-chave:

Regionalização; Ensino Médio Integrado; Movimento pendular; Instituto Federal.

Resumo

A segunda década do século XXI foi marcada pela expansão do ensino técnico integrado ao ensino médio através da interiorização dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s) em todas as regiões do país. Tendo em vista que essas instituições atendem ao arranjo produtivo local para definição da oferta dos cursos, e que se conectam a demanda de um conjunto de cidades, buscou-se identificar sua área de influência e mensurar o movimento pendular dos estudantes dos cursos técnicos integrados ao Ensino Médio do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Campus São João dos Patos. Metodologicamente, amparou-se em um embasamento teórico a partir da revisão de literatura, o levantamento de dados primários com o Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) do campus e a espacialização dos dados em um Sistema de Informação Geográfica. Os resultados sugerem que a delimitação espacial a partir da Região Geográfica Imediata é a mais coerente para representar a origem e o movimento pendular empreendido pelos alunos. Por fim, evidenciamos a necessidade de manutenção e ampliação de ações afirmativas das instituições de ensino para mitigar o impacto financeiro durante o período de estudo como sendo de fundamental importância para a permanência e êxito dos estudantes migrantes. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tiago Sandes Costa, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, Belo Horizonte (MG), Brasil

Doutorando em Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/Minas. E-mail: <tiagosandes13@gmail.com>.

Sérgio Lana Morais, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG, Belo Horizonte (MG), Brasil

Doutorando em Tratamento da Informação Espacial pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/Minas. E-mail: <sergio.morais@ifnmg.edu.br>.

Referências

BARRETO, Rogério. O centro e a centralidade urbana-aproximações teóricas a um espaço em mutação. Cadernos cursos de doutoramento em geografia FLUP, 2010.

BAENINGER, R. Expansão, redefinição ou consolidação dos espaços da migração em São Paulo? Análises a partir dos primeiros resultados do Censo 2000. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 13., 2002, Ouro Preto. Anais... Belo Horizonte: ABEP, 2002.

________. Região, Metrópole e Interior: espaços ganhadores e espaços perdedores nas migrações recentes - Brasil, 1980-1996. 1999. 243f. Tese (Doutorado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

BERNARDELLI, Mara Lúcia Falconi da Hora. Pequenas cidades na região de Catanduva-SP: papéis urbanos, reprodução social e produção de moradias. 2004. 348 f. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Presidente Prudente-SP, 2004.

BEZERRA, F. A. M. Institutos Federais: inovação, contradições e ameaças em sua curta trajetória. In: ARAÚJO, Adilson Cesar; SILVA, Cláudio Nei Nascimento (Orgs.). Ensino médio integrado no Brasil: fundamentos, práticas e desafios – Brasília: Ed. IFB, 2017. p. 358 - 376.

BRASIL. Lei nº 11.195, de 18 de novembro de 2005. Dá nova redação ao § 5º do art. 3º da Lei nº 8.948, de 8 de dezembro de 1994. Diário Oficial da União: Edição Extra, Brasília, 18 nov. 2005a, Seção 1, p. 1.

________. Ministério da Educação. Plano de expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica - Fase I. Brasília: Coordenação Geral de Supervisão da Gestão de Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica/MEC, 2005b.

________. Decreto nº 5.773, de 06 de maio de 2006. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Diário Oficial da União. Brasília, 2006, p. 01 - 17.

________. Ministério da Educação. Chamada pública nº 001/2007 de propostas para apoio ao plano de expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica - Fase II. Brasília: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/MEC, 2007.

________. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Diário Oficial da União: Edição Extra, Brasília, 30 dez. 2008a, Seção 1, p. 1.

________. Ministério da Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia: Concepção e diretrizes. Brasília: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/MEC, 2008b.

________. Ministério da Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia: um novo modelo de educação profissional e tecnológica – concepção e diretrizes. Brasília: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/MEC, 2010.

________. Ministério da Educação. Plataforma Nilo Peçanha (comp.). Brasília: Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Setec/MEC: PNP, 2021. Disponível em: http://plataformanilopecanha.mec.gov.br/2021. Acesso em: 12 jul. 2022.

CARVALHO, J.A.M. de; BEAUJEU-GARNIER, J. Geografia da população São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1980.

CARVALHO, J.A.M.; RIGOTTI, J.I.R. Análise das metodologias de mensuração das migrações. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE MIGRAÇÃO. Anais. Curitiba: Ipardes: FNUAP, 1998. p. 211-227.

CORRÊA, Roberto L. Globalização e reestruturação da rede urbana: uma nota sobre pequenas cidades. Território/Lajet, Rio de Janeiro, n. 6, p. 43-53. jan./jun. 1999.

________. Reflexões sobre a dinâmica recente da rede urbana brasileira. In. ENCONTRO DA ANPUR, 9., 2001. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2001. p. 424-431.

________. Rede urbana: reflexões, hipóteses e questionamentos sobre um tema negligenciado. Cidades, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 65-78, 2004.

________. Construindo o conceito de cidade média. In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão popular, 2007. p. 23-33.

ENDLICH, Ângela Maria. Pensando os papéis e significados das pequenas cidades do Noroeste do Paraná. Tese (doutorado) – Universidade Estadual Paulista – Faculdade de Ciências e Tecnologia. Presidente Prudente: [s.n.], 2006. 505 p. il.

FAVERI, D. B.; PETTERINI, F. C; BARBOSA, M. P. Uma avaliação dos impactos de expansão dos Institutos Federais nas economias dos municípios brasileiros. Planejamento e Políticas Públicas. n. 50. v. 1. jan.-jun 2018, p. 125-147.

FERREIRA, S. L.; ANDRADE, A.; SOUZA, F. E. C. Reflexões sobre a expansão dos Institutos Federais no estado de São Paulo. Jornal de Políticas Educacionais. V. 12, n. 2. Janeiro de 2018.

FRIGOTTO, G. (org.). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: relação com o ensino médio integrado e o projeto societário de desenvolvimento. Rio de Janeiro: Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Rio de Janeiro, 2018. 320 p.

GONÇALVES, O. L. Interiorização e internalização das externalidades: um estudo sobre a implantação do campus Guarapari do Instituto Federal do Espírito Santo. Revista Ifes Ciência, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 76-92, 2018.

GOUVEIA, F. P. S. A expansão dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia no território brasileiro: entre o local e o nacional. Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica, n. 9, 2016.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Cadastro de Localidades Selecionadas. Rio de Janeiro, 2020 Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/estrutura_territorial/localidades/cadastro_localidades_selecionadas.pdf. Acessado em 23 jan. 2021.

________. Censo demográfico de 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2022.

________. Coordenação de Geografia, Regiões de influência das cidades 2018, IBGE, Rio de Janeiro, 2020.

LOBO, C. Mobilidade pendular e a dispersão espacial da população: evidências com base nos fluxos com destino às principais metrópoles brasileiras. Caderno de Geografia, v.26, n.45, 2016, p. 285 - 298.

MACEDO, P. C. S. Educação profissional e desenvolvimento territorial: a expansão dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, v. 2, n. 13, p. 94-106, 2017.

MAGALHÃES, G. L.; CASTIONI, R. Educação Profissional no Brasil–expansão para quem? Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, v. 27, p. 732-754, 2019.

MÁXIMO, R. Efeitos territoriais de políticas educacionais: a recente expansão e interiorização do ensino federal em cidades não metropolitanas no Ceará. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, v. 12, 2020.

MOURA, R.; CASTELLO BRANCO, M. L. G.; FIRKOWSKI, O. L. C. de F. Movimento pendular e perspectivas de pesquisas em aglomerados urbanos. São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade, v. 19, n. 4, p. 121-133, out./dez. 2005.

PACHECO, Eliezer. Os Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. Natal: IFRN, 2010.

PACHECO, E. M.; PEREIRA, L. A. C.; SOBRINHO, M. D. Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: limites e possibilidades. Linhas Crí¬ticas, [S. l.], v. 16, n. 30, 2010, p. 71-88.

OJIMA, Ricardo. MARANDOLA JR, Eduardo. Dispersão urbana e mobilidade populacional: implicações para o planejamento urbano e regional. São Paulo: Blucher, 2016.

RODRIGUEZ, J. La ampliación de la centralidad histórica em Santiago de Chile. São Paulo: Cadernos Metrópole, vol. 13, n. 25, pp. 45-68, jan/jun, 2011.

ROSINKE, J. G.; CARVALHO, E. T.; ROSINKE, G. C. L.; SILVA, G. J. S. A Participação dos institutos federais na interiorização da educação superior presencial no Brasil. Research, Society and Development, v. 9, n. 2, p. 24, 2020.

SANTOS, Milton. O Espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1979.

SILVA, J. G.; SILVA, F. F. A espacialização da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no estado do Paraná. Revista Cesumar–Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v. 23, n. 1, p. 7-26, 2018.

SILVA NETO, J. T.; PASSOS, G. O. Análise da implementação dos institutos federais de educação no Piauí: escolha de municípios e cursos. Revista do Serviço Público, v. 66, n. 1, p. 75-95, 2015.

SOARES, R. S.; LOBO, C.; MENESES, I. L. Redes de pendularidade estudantil dos polos sub-regionais do interior de Minas Gerais. GeoTextos, [S. l.], v. 17, n. 1, 2021. DOI: 10.9771/geo.v17i1.42359. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/42359. Acesso em: 12 set. 2022.

SOUZA, Juliana Vieira; PIMENTEL, Nelson Crespo. Mobilidade estudantil nos cursos de graduação no âmbito do Instituto Federal Fluminense, Campus Campos-Centro: um estudo de caso. Perspectivas Online: Humanas Sociais & Aplicadas, v. 9, n. 25, 2019, p.14-33.

SPOSITO, Maria Encarnação B. Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

________. As cidades médias e os contextos econômicos contemporâneos. In: SPOSITO, Maria Encarnação B. (Org.). Urbanização e cidades: perspectivas geográficas. Presidente Prudente, SP: GASPERR/FCT/UNESP, 2001.

STAMM, Cristiano; STADUTO, Jefferson A. R. Movimentos pendulares das cidades interioranas de porte médio de Cascavel e Toledo, no Paraná. In: Revista Brasileira de Estudos de População, v. 25, n. 1, São Paulo: Rebep, 2008. pp. 131-150

TAVARES. J. M. S. Movimentos Pendulares de Estudantes na Região Norte Fluminense. Dissertação (Mestrado). Campos dos Goytacazes, Universidade Federal Fluminense (UFF), 2016.

TAVARES, E.; TAVARES, J. M. S. Movimentos Pendulares de Estudantes no Norte Fluminense: o papel de Campos dos Goytacazes. In: II Seminário Nacional de Planejamento e Desenvolvimento. Anais... Florianópolis, 2014.

VIGNOLI, Jorge Rodríguez. La ampliación de la centralidad histórica en Santiago de Chile. Cadernos Metrópole, v. 13, n. 25, p. 45-68, 2011.

Downloads

Publicado

2022-12-15