PER AUGUSTO & MACHINA: O LIVRO-CÃO DE ROMÉRIO RÔMULO
Palavras-chave:
Poesia contemporânea; Romério Rômulo; Dissonâncias; Augusto dos Anjos; Barroco.Resumo
Neste artigo, analiso o livro Per Augusto & Machina, de Romério Rômulo, contrapondo sua poética à dos livros anteriores do autor, principalmente Matéria Bruta. Algo de evidente no traço poético de Romério comparece nesse novo trabalho e confirma o empenho do poeta em combinar os componentes diversos e de real potência de sua poesia numa linguagem “nova e inaugural”. Outras características são transformadas e reorganizadas numa voz afeita ao grito, ou ao latido, numa mais que linguagem, isto é, num linguajar quase humano e quase animal. A referência a Augusto dos Anjos, poeta com o qual Romério Rômulo dialoga desde o título do livro, ajuda a entender muito dessa inteligência selvagem que caracteriza os poemas. Além disso, há uma distinta afiliação do autor ao Barroco, algo que se intensifica e se transforma desde Matéria Bruta, e que parece, do mesmo modo, dar nova significação a seu trabalho poético.
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Referências
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