ARTICULAÇÃO MNEMÔNICA E CRÍTICA EM “A CARTOMANTE”
Resumo
No conto “A Cartomante”, de Machado de Assis, há um jogo, cuja ironia consiste em fazer o relato a partir da ativação da memória do leitor. Este construirá sentidos no decorrer da leitura, criando expectativas que não se confirmam no desfecho. As associações, frutos da estratégia para surpreender o leitor, produzem efeitos psíquicos subliminares típicos da crítica de Machado, cuja escrita lembra a piscadela ao leitor, conforme expressão cunhada por Umberto Eco. O leitor se vê diante da reflexão sobre seu próprio posicionamento durante a produção de sentidos, patemizado pelo texto que o induz a prever, com base em falsas premissas, uma conclusão que não completa o silogismo sugerido, inicialmente, pelo narrador.Downloads
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