PSICÓLOGA OU PROFESSORA?
PISTAS PARA UMA “TERCEIRA MARGEM”
DOI:
10.46551/issn2179-6793RA2023v25n1_a15Palavras-chave:
Psicologia, Educação, EnsinoResumo
Professora ou psicóloga? Diante da dualidade excludente da questão e dos paradoxos vividos em margens duras que distinguem, por força de lei, as funções de professora e de psicóloga, foi escolhido o conto “A terceira margem do rio”, de João Guimarães Rosa, como dispositivo para movimentar um conjunto de múltiplas e heterogêneas forças/linhas/intensidades para produzir problematizações, quando nos referimos a psicólogas/os que ensinam psicologia, ou outras disciplinas. No diálogo com Deleuze e Guattari, conclui-se que não há uma resposta única para a questão, porquanto uma professora-psicóloga, ou uma psicóloga-professora, é atravessada por uma multiplicidade de linhas e de conexões, estando o seu fazer, por conseguinte, no campo da invenção e dos processos grupais. Por tal modo de pensar, a conjunção alternativa “ou”, que regeria a atuação profissional, é substituída por agenciamentos e composições que incluem o acontecimento produzido no grupo, em grupo, na sala de aula.
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Referências
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