IMAGINAÇÃO E MEMÓRIA
UM DIÁLOGO ENTRE BAUDELAIRE E KANT
DOI:
10.46551/issn2179-6793RA2024v26n1_a12Palavras-chave:
Baudelaire, Kant, memória, imaginação, pintorResumo
Este artigo traça um diálogo entre um dos escritos de Charles Baudelaire, “A arte mnemónica”, e as noções de memória e imaginação exploradas por Kant. O duelo do pintor da vida moderna, entre o desejo de captar impressões sem posteriormente as desenhar de um modo fiel ao real, sugere uma liberdade no acto de recriar, convocando uma faculdade criadora que supera a mnemónica. Confrontamos o processo de desenhar do Sr. G., passando pela leitura que Arendt faz de Kant, que nos conduz à premissa de que a imaginação é uma faculdade que possibilita a memória. Esta coexistência, que qualifica a actividade do pintor da vida moderna, vem sublinhar o valor da liberdade e a necessidade de um elemento subjectivo na filosofia de Kant.
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Referências
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