GÊNERO E ESPAÇO EM INOCÊNCIA, DE VISCONDE DE TAUNAY

Autores

  • Jorge Marques Colégio Pedro II – Rio de Janeiro

Resumo

Em Inocência, romance romântico de Visconde de Taunay, a representação da mulher brasileira na sociedade novecentista se dá a partir de uma relação aguda do elemento feminino com o espaço ao redor.  Reprimida pelo machismo, a protagonista do romance homônimo é acossada por confinamentos que se sobrepõem, assumindo um caráter de opressão e desespero.  A tragédia que se avizinha constrói-se a partir de uma chave de leitura que não pode deixar de lado a análise do espaço.  Causa então espécie que, até os dias de hoje, a crítica não tenha se dedicado a realizar um estudo do romance tomando como referencial de ponta as teorias da topoanálise.  Inocência é um romance de espaços que circundam, fecham, soterram:  a mulher está trancafiada no quarto, que está dentro do sítio, que está dentro do sertão.  Conseguirá apenas alcançar a liberdade quando a alma se evadir do corpo.  A morte, então, se configura como elemento libertador.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jorge Marques, Colégio Pedro II – Rio de Janeiro

Mestre e doutor em Literatura Brasileira pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor do Colégio Militar do Rio de Janeiro e do Colégio Pedro II; no último, atua tanto na Educação Básica quanto na pós-graduação. Como crítico literário, é autor dos livros As lacunas do amor (2012) e Personagens femininas: confinamentos, deslocamentos (2014). Atua principalmente nos seguintes temas: estudos de
gênero, narratologia, topoanálise.

Downloads

Publicado

2020-02-06

Edição

Seção

Artigos