MARIA PEREGRINA DE SOUSA ESCREVE NO ÍRIS

Autores

  • Ana Cristina Comandulli Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Palavras-chave:

Gonçalves Dias, Alexandre Herculano, Primeiros Cantos, crítica literária.

Resumo

Maria Peregrina de Sousa nasceu no Porto em 13 de fevereiro de 1809. O nome de batismo era simplesmente Maria de Sousa, recebendo o acréscimo de Peregrina por seu tio, em função de todas as mudanças que sua família fez pelos arredores do Porto quando da invasão francesa em Portugal.Foi, em meio às turbulências da vida, que Peregrina deu início aos seus escritos, e o seu primeiro poema foi enviado ao Archivo Pitoresco. Em seguida, passou a publicar na Revista Universal Lisbonense, com o pseudônimo de “Uma Obscura Portuense”, uma série de escritos sobre crenças e superstições do Minho.O pseudônimo e o cariz dos escritos deixaram curiosa toda a gente, incluindo o próprio redator da Revista, António Feliciano de Castilho, que declarou ter conseguido desvendar a identidade da escritora do Porto. Amigos, passou Castilho a exercer forte influência em Peregrina. Foi Castilho que levou Peregrina a publicar no Jornal Iris, do Rio de Janeiro, cujo redator era José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha. O que se pretende neste texto é discutir a participação de Maria Peregrina de Sousa, escritora portuguesa, no periódico brasileiro Iris.

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Biografia do Autor

Ana Cristina Comandulli , Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Doutora em Literatura Comparada - Estudos de Literatura pela UFF (2014), com tese intitulada Presença De A.F. De Castilho Nas Letras Oitocentistas Portuguesas: Sociabilidades E Difusão Da Escrita Feminina; membro do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura, onde desenvolve pesquisa sobre impressos oitocentistas luso-brasileiros e literatura portuguesa oitocentista. Técnica em Assuntos Educacionais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. 

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Publicado

2020-02-11

Edição

Seção

Artigos