AS PAIXÕES POLÍTICAS E AS NARRATIVAS DA REVISTA UNIVERSAL LISBONENSE NO TEMPO DE CASTILHO (1842-1845)

Autores

  • Eduardo da Cruz Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave:

António Feliciano de Castilho; Liberalismo; Imprensa Periódica; Alexandre Herculano; Almeida Garrett

Resumo

No início da década de 1840, em pleno período da ditadura cabralista em Portugal, ao analisar um drama e sua recepção pelo público português, o escritor Rebelo da Silva escreve na Revista Universal Lisbonense que "as paixões políticas refervem, e transpiram nas obras de arte" (23/11/1843, p. 165). É o período de produção de Eurico, o presbítero, das Viagens na Minha Terra, e de ascensão de jovens romancistas portugueses. O que se destaca no conjunto de narrativas publicadas nesse periódico nos volumes sob redação de António Feliciano de Castilho (1842-1845) são a busca por novas formas literárias e a força das paixões políticas que influenciam na escrita desses romances.

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Biografia do Autor

Eduardo da Cruz, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Professor Adjunto na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Departamento de Letras e Comunicação; vicecoordenador dos cursos de Licenciatura em Letras da UFRRJ (campus Seropédica); doutor em Estudos de Literatura pela UFF (2013), com tese intitulada Felicidade pela imprensa: Romantismo na Revista Universal Lisbonense de A. F. de Castilho (1842-1845); mestre em Ciência da Literatura pela UFRJ (2009), com dissertação sobre Eurico, o presbítero, de Alexandre Herculano; licenciado em Letras - Português/Inglês pela UERJ (2005); membro do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura, onde desenvolve pesquisa sobre impressos oitocentistas luso-brasileiros e literatura portuguesa oitocentista, com ênfase nas obras de Alexandre Herculano e António Feliciano de Castilho.

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Publicado

2020-02-11

Edição

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Artigos