v. 24 n. 1 (2022): DOSSIÊ ESCRITAS DE SI - ARTE E POLÍTICA NA EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE
Os textos em primeira pessoa – entre os quais, a autobiografia, a carta, o diário, o ensaio – contam uma história da sensibilidade moderna e da forma como relacionamos verdade e ficção na complexa dinâmica entre realidade social, subjetividade e linguagem. Assim, o estudo da escrita de si revela aspectos particulares da percepção do sujeito quanto a si mesmo e quanto ao mundo: notamos a recorrência do indivíduo autorreflexivo, que está integrado socialmente, na tradição iniciada por Rousseau, mas também na escrita de si produzida por mulheres, geralmente submetidas, isoladas ou apartadas dos sistemas de poder, bem como nas experiências de contar a si mesmo elaboradas por indígenas, que questionam a própria noção de sujeito e de experiência individual, ou, ainda, nas narrativas de identidades diaspóricas. Entre as experiências em torno da escrita autobiográfica – não só enquanto ato de documentação de si, mas também como investimento em processos de invenção da subjetividade –, há como denominador comum a centralidade do desejo de autocompreensão e de entendimento do mundo, através da vivência individual. Este dossiê pretende reunir o debate sobre diferentes práticas e suportes da escrita de si a partir do século XX, sobretudo por meio de uma articulação entre ética e estética, arte e política.
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