LANZAROTE DIARIES: THE DIARY AS A “MIRROR OF TRUST”

Authors

DOI:

10.46551/issn2179-6793RA2022v24n1_a03

Keywords:

Lanzarote Diaries, José Saramago, diary, self-satisfaction, rhetoric of modesty

Abstract

This article analyzes one of the uses that José Saramago made of his Lanzarote Diaries, namely the diary as a form of self-satisfaction or, as expressed in the preface to that work, a "mirror of trust", as well as excerpts that register the way the writer reacted to the accusations of a narcissistic writing. To do so, we refer to scholars who have reflected on diaristic writing in general, such as Lejeune (2014), Didier (1991), Rocha (1977), and  Gusdorf (1991), as well as to contributions by Seixo (1987), Baptista (1997), Reis (1996), Mathias (1997),
and Altemberg (2002) to the criticism on Saramago's writings. Our analysis points out that Saramago’s diaries show a man with a healthy self-esteem in all his successes, tempered by a rhetoric of modesty. 

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Author Biographies

Marcelo Brito da Silva, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Marcelo Brito da Silva é Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mestre em Literatura e Diversidade Cultural e Licenciado em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (UFMT), campus Rondonópolis, onde atua principalmente no ensino de língua portuguesa e literatura brasileira.

Vinícius Carvalho Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso

Vinícius Carvalho Pereira é Doutor e Mestre em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Bacharel e Licenciado em Letras Português-Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Associado I do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

References

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Published

2023-02-08