HÉLIA CORREIA E OS LUGARES DO INSÓLITO
Abstract
Uma das balizas da crítica para a abordagem da literatura de ficção é a que separa a literatura séria e a de entretenimento. No contexto da produção em língua portuguesa não é difícil observar que tal distinção parte, muitas vezes, do tema desenvolvido pela obra estudada. Nesse sentido, a presença de elementos identificáveis com o insólito, seja ele de caráter sobrenatural ou não, num texto torna-o um bom candidato a ser incluído entre as fileiras do entretenimento. Neste artigo proponho uma revisão dessa baliza a partir da análise de dois contos de Hélia Correia, “Fascinação” e “Uma noite em Luddenden”.