A MARGINALIDADE FICCIONAL DE LÚCIA MIGUEL PEREIRA E SEU DIÁLOGO COM EÇA DE QUEIRÓS

Autores/as

  • Osmar Pereira Oliva

Resumen

Lúcia Miguel Pereira foi uma importante escritora brasileira de crítica literária no início do século XX, mas seus escritos ficcionais são ainda praticamente desconhecidos: Maria Luísa (1933), Em surdina (1933), Amanhecer (1938) e Cabra-cega (1954). Nos dois primeiros romances, as personagens principais da narrativa afastam-se das cidades em busca de melhores climas nas serras brasileiras, o que muito nos lembra A cidade e as serras, de Eça de Queirós. Não bastassem o tema da viagem e o paralelismo campo x cidade, em Maria Luísa, a personagem Flávio compara-se com Jacinto e o seu amigo Artur com Zé Fernandes. Este trabalho pretende, pois, discutir a marginalidade ficcional da escritora brasileira, considerando que apenas os seus textos críticos são conhecidos e discutidos nos espaços acadêmicos, e apresentar o diálogo que Lúcia Miguel Pereira estabeleceu com o escritor português oitocentista por meio de seus textos críticos e de ficção.

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Publicado

2020-01-02

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