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NOMADISMO, SUBJETIVIDADE E INTERSUBJETIVIDADE EM FLORES ARTIFICIAIS, DE LUIZ RUFFATO

Autores/as

  • Wesley Thales de Almeida Rocha IFNMG

Palabras clave:

intersubjectivity

Resumen

Em Flores artificiais (2014), Luiz Ruffato explora os sentidos contraditórios da migração no contexto atual do mundo globalizado, desvelando, nos interstícios dos diversos deslocamentos, encontros furtivos e dos laços afetivos frágeis que experimentam os personagens, a despersonalização e o desenraizamento como signos da situação do sujeito na contemporaneidade. A obra promove uma espécie de “jogo de superfícies”, dando a ver, através do narrador-personagem, Dório Fineto, a constituição de um sujeito vazio de histórias próprias, enquanto que saturado de histórias alheias. Com base em abordagens teóricas de autores como Michel Maffesoli, Marc Augé, Walter Benjamin e Zygmunt Bauman, desenvolvemos, neste artigo, uma análise desse livro de Ruffato, relacionando a ele uma série de signos representativos da crise que marca o sujeito na contemporaneidade.

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Biografía del autor/a

Wesley Thales de Almeida Rocha, IFNMG

Professor de Língua Portuguesa e Literatura no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Campus Almenara. Doutor em Estudos Literários, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com Tese sobre a poesia de Murilo Mendes. Mestre em Estudos Literários, também pela UFMG, com Dissertação sobre a obra poética de Ferreira Gullar. Interessa-se, especialmente, pelo estudo da poesia, com enfoque para questões relacionadas às poéticas modernas, poéticas de vanguarda, a relação entre literatura e história, entre linguagem e subjetividade.

Citas

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Tradução de Maria Lúcia Pereira. 6. ed. Campinas: Papirus, 1994.
BAUDELAIRE, Charles. Les Fleurs du mal. Paris: GF Flamarion, 1991.
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Tradução de Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Tradução de José Martins Barbosa, Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. Tradução de Maria Elisa Cevasco. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1997.
MAFESOLI, Michel. Sobre o nomadismo: vagabundagens pós-modernas. Tradução de Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Record, 2001.
RUFFATO, Luiz. Flores artificiais. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Publicado

2020-04-19