DANÇAR NAS DOBRAS
UMA LEITURA DO “LUGAR EM TRÂNSITO” EM HOMELESS.
DOI:
10.46551/issn2179-6793RA2023v25n1_a03Palabras clave:
diáspora; linguagem; corpo; experiência; filosofia e literatura.Resumen
Apresento neste ensaio algumas considerações em torno do modo como o poeta mineiro Edimilson de Almeida Pereira articula o corpo, o pertencimento e a língua, em seu livro Homeless (2010), de modo que se veja nessa tríade e noutras brechas uma experiência radical do sujeito com a linguagem. Esses três aspectos rascunham nessa publicação o que chamo aqui de “lugar em trânsito”, um espaço plástico em que dançam o horror e a potência presentes na experiência de travessia diaspórica. O corpo do “sem lar” redesenha não só uma dinâmica de mundo, mas anuncia, mesmo na impossibilidade, uma língua porvir. No movimento de leitura que proponho aqui, me acompanham – além do poeta – os filósofos: Mbembe (2018); Deleuze (2011); Derrida (1996; 2009) e Gilroy (2012).
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Citas
DELEUZE, Gilles. Crítica e Clínica. 2ª ed. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 2011.
DERRIDA, Jacques. O monolinguismo do Outro Ou a prótese de origem. Trad. Fernanda Bernardo. Porto: Éditions Galilée, 1996.
DERRIDA, Jacques. Escritura e Diferença. Trad. Maria Beatriz Marques Nizza da Silva et al. São Paulo: Perspectiva, 2009.
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PEREIRA, Edimilson de Almeida. A revanche do sagrado: entrevista com Edimilson de Almeida Pereira. Revista Usina. 26ª edição, Jan/2016.
GOMES, Núbia P. M.; PEREIRA, Edimilson de Almeida. Negras raízes mineiras: os Arturos. 2ª ed. Belo Horizonte: Mazza edições, 2000.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: n- 1 edições, 2018.
THOMPSON, Robert Ferris. Flash of the spirit: arte e filosofia africana e afro- americana. Trad. Tuca Magalhães. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2011.