RIOBALDO E DIADORIM: DA IDEIA DE FORMA DE VIDA ENQUANTO EXPERIÊNCIA DE DESCONSTRUÇÃO DAS IDENTIDADES
Mots-clés :
Literatura brasileira, Guimarães Rosa, individuação, formas de vida, afeto, corpo.Résumé
A ideia deste texto é apresentar, partindo do conceito de individuação e formas de vida em GillesDeleuze, dois personagens que atravessam o Grande Sertão: veredas: Riobaldo e Diadorim. Esses personagens,em Rosa, tipificam os conceitos acima mencionados na filosofia deleuzeana. Os dois personagens nosapresentam, no romance, práticas que fogem de uma tradição que estabelece um ethos para a vida de umbando no sertão. Os signos de amor entre Riobaldo e Diadorim intensificam uma individuação que não sesegmenta em homem e mulher, mas entre corpos livres da forma ou de qualquer “órgão” individualizante. Essaindividuação por afetos não é submetida ao binarismo homem/mulher, mas a práticas de vida que inventamuma nova maneira de viver. Segundo Deleuze, são esses agenciamentos que fazem e constituem ashecceidades, ou seja, uma prática que se estabelece a partir de um poder de afetar e ser afetado.
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Références
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs; capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Ana Lucia de Oliveira e Lucia Claudia Leão. São Paulo: 34, 1995. v. 3.
ROSA, Guimarães. Grande Sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.