TRANSPASSAGENS
NOMADISMO, SUBJETIVIDADE E INTERSUBJETIVIDADE EM FLORES ARTIFICIAIS, DE LUIZ RUFFATO
Mots-clés :
Flores artificiais, migração, subjetividade, intersubjetividadeRésumé
Em Flores artificiais (2014), Luiz Ruffato explora os sentidos contraditórios da migração no contexto atual do mundo globalizado, desvelando, nos interstícios dos diversos deslocamentos, encontros furtivos e dos laços afetivos frágeis que experimentam os personagens, a despersonalização e o desenraizamento como signos da situação do sujeito na contemporaneidade. A obra promove uma espécie de “jogo de superfícies”, dando a ver, através do narrador-personagem, Dório Fineto, a constituição de um sujeito vazio de histórias próprias, enquanto que saturado de histórias alheias. Com base em abordagens teóricas de autores como Michel Maffesoli, Marc Augé, Walter Benjamin e Zygmunt Bauman, desenvolvemos, neste artigo, uma análise desse livro de Ruffato, relacionando a ele uma série de signos representativos da crise que marca o sujeito na contemporaneidade.
Téléchargements
Références
BAUDELAIRE, Charles. Les Fleurs du mal. Paris: GF Flamarion, 1991.
BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Tradução de Mauro Gama e Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Tradução de José Martins Barbosa, Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. Tradução de Maria Elisa Cevasco. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1997.
MAFESOLI, Michel. Sobre o nomadismo: vagabundagens pós-modernas. Tradução de Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Record, 2001.
RUFFATO, Luiz. Flores artificiais. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.