PT: do corporativismo ao transformismo

PT: from corporatism to transformism

Autores

  • Laurindo Mekie Pereira Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
  • Thiago Ferreira de Souza Secretaria de Educação - DF

Palavras-chave:

Partido dos Trabalhadores, Radicalismo, Flexibilização, Transformismo

Resumo

Este artigo tem como objetivo estudar o processo histórico de emergência e desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (PT) nacional, visto como agente social coletivo institucionalizado, contemplando a análise das relações de poder e identidade existentes entre esta instituição e os setores da sociedade civil que, em tese, ela representaria, bem como com os setores da sociedade política, avaliando a natureza da interação existente entre estes agentes sociais. Partindo do conceito gramsciano de transformismo, discutem-se duas fases, uma inicial, caracterizada por maior radicalismo e, simultaneamente, por certo corporativismo, e uma segunda fase, marcada por uma flexibilização do discurso, pela abertura para alianças políticas e pela revisão programática, que culminou com a chegada do partido à presidência da república em 2003.

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Biografia do Autor

Laurindo Mekie Pereira, Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

Doutor em História pela Universidade de São Paulo/USP (2007). Atualmente, é professor do Programa
de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes. Bolsista BIPDT/
FAPEMIG.

Thiago Ferreira de Souza, Secretaria de Educação - DF

Mestre em História pela Universidade Estadual de Montes Claros/Unimontes (Bolsista CNPq). Atualmente, é professor da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

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Publicado

2014-07-01

Como Citar

Mekie Pereira, L., & Ferreira de Souza, T. (2014). PT: do corporativismo ao transformismo: PT: from corporatism to transformism. Caminhos Da História, 19(2), 141–166. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/3191

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