La "enfermedad de Alzheimer nacional": algunas reflexiones sobre los usos políticos del pasado y la enseñanza de la historia
The “national Alzheimer's disease”: some reflections on the political uses of the past and the teaching of history
Palabras clave:
Memória, Temas sensíveis, Temporalidades, Ensino de História, ÉticaResumen
O objetivo é trazer à lume algumas reflexões sobre as relações entre presente e passado, memória e história, pensando os caminhos da prática historiográfica e o ensino de história frente aos recorrentes usos políticos do passado e aos ataques e demandas negacionistas na contemporaneidade brasileira. Contrapondo as múltiplas violências visíveis e in(visíveis) na sociedade, destacamos a força da literatura e a dimensão ética, sensível, política e estética da historiografia e do ensino de história como possibilidades de constituição de um repertório mais humano e ético numa cultura marcada por tradições autoritárias e pela violência, negação e apagamento dos rastros dessa mesma violência.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz. As sombras brancas: trauma, esquecimento e usos do passado. In: VARELLA, Flávia. et al. Tempo presente & usos do passado. Rio de Janeiro: FGV, 2012.
ALBUQUERQUE JR, Durval Muniz de. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história?. In: GONÇALVES, Márcia de Almeida. [et al.] (organizadoras). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012, p. 21-39.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: O anjo da história: Walter Benjamin. Organização e tradução. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica. 2012.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Não Verás País Nenhum. 15ª ed. São Paulo: Global, 1988.
BAUER, Carolina Silveira. Como será o passado?: História, Historiadores e a Comissão Nacional da Verdade. 1ed. Jundiaí, SP: Paco, 2017. p.7-12.
CAMILOTTI, Virgínia Célia; NAXARA, Márcia R. Capelari. História e Literatura: Fontes literárias na produção historiográfica recente no Brasil. In: História: Questões e Debates. Curitiba, n. 50, p.15-49, 2009.
CANCELLI, Elizabeth. A violenta memória do esquecimento. In: Trivum. Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, dez. 2012. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-48912012000200009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 12/ dez./2013.
FALCÃO, Márcio. Bolsonaro fez apologia de crime na votação do impeachment, diz OAB. Folha de São Paulo. 20 abr. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1763027-bolsonaro-fez-apologia-ao-crime-na-votacao-do-impeachment-diz-oab.shtml Acesso em: 15 jun 2018.
FICO, Carlos. Brasil: a transição inconclusa. In: ARAÚJO, Maria Paula; FICO, Carlos; GRIN, Monica (org.). Violência na história: memória, trauma e repressão. Rio de Janeiro: Ponteiro, 2012. Versão e-book.
FUKS, Julián. A resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Depois de 1945: latência como origem do presente. Trad. Ana Isabel Soares. 1ed. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
HYUSSEN, Andreas. Cultura do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Trad. Vera Ribeiro. 1ed. Rio de Janeiro: Contraponto: Museu de Arte do Rio, 2014.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad. Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto: PUC-Rio, 2006.
KUCINSKI, Bernardo. K. Relato de uma busca. São Paulo: Companhia das Letra, 2016.
LEAL, Bruno. Faça aqui seu login: os historiadores, os computadores e as redes sociais online. Revista História Hoje, v.3, nº 5, p.165-188, 2014.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Trad. Bernardo Leitão et al. Campinas: Unicamp, 1990.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá Motta. História, memória e as disputas pela representação do passado recente. São Paulo: UNESP, v.9, n.1, p. 56-70, jan-jun, 2013.
NAXARA, Marcia. Traços do passado: inventariar, preservar, classificar e narrar histórias. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, a.171, n. 448:159-177, jul./set. 2010.
NICOLAZZI, Fernando. Prefácio. In: BAUER, Carolina Silveira. Como será o passado?: História, Historiadores e a Comissão Nacional da Verdade. 1ed. Jundiaí, SP: Paco, 2017. p.7-12.
PEREIRA, Mateus Henrique de Faria. Nova direita? Guerras de memória em tempos de Comissão da Verdade (2012-2014). In: Varia História, Belo Horizonte, vol. 31, n. 57, p. 863-902, set/dez 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752015000300863. Acesso em: 08/abr./2016.
PROST, Antoine. [1996] Doze lições sobre a história. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. 2ª ed., Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
REIS FILHO, Daniel Aarão Reis. A anistia recíproca no Brasil ou a arte de reconstruir a história. In: TELLES, Janaína (org.). Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade. 2ªed. São Paulo: Humanitas, 2001.
REIS FILHO, Daniel Aarão Reis. [et al.] Versões e ficções: o sequestro da história. 1.ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1997.
ROLLEMBERG, Denise. Esquecimento das memórias. In. FILHO, João Roberto Martins (org.). O golpe de 1964 e o regime militar. São Carlos: Ed. UFSCAR, 2006, p. 81-91.
ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
RÜSEN, Jörn. Pode-se melhorar o ontem? Sobre a transformação do passado em história. In. SOLOMON, Marlon (org.). História, verdade e tempo. Chapecó-SC: Argos, 2011, p 259-290.
RÜSEN, Jörn. Cultura faz Sentido: orientações entre o ontem e o amanhã. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.
SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Trad. Rosa Freire D’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras/Belo Horizonte: UFMG, 2007.
SARLO, Beatriz. Paisagens imaginárias: intelectuais, arte e meios de comunicação. Trad. Miriam Senra. 1.ed. São Paulo: Edusp, 2016.
SEFFNER, Fernando; PEREIRA, Nilton Mullet. Ensino de história: passados vivos e educação em questões sensíveis. In: Revista História Hoje, v. 7, nº13, p.14-33. 2018. Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/427/275. Acesso em: 07/fev./ 2019.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Imagens precárias: inscrições tênues de violência ditatorial no Brasil. In. Estudos de literatura brasileira contemporânea, n. 43, p. 13-34, jan./jun. 2014
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Narrativas contra o silêncio: cinema e ditadura no Brasil. In: ___________________; GINZBURG, Jaime; HARDMAN, Francisco Foot (org). Escritas da violência: representações da violência na história e na cultura contemporâneas da América Latina. v.2. Rio de Janeiro: 7Letras, 2012. p.64-85.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à lava jato. Rio de janeiro: Leya, 2017.
TRAVERSO, Enzo. O passado, modos de usar: História, memória e política. 2005, Unipop para a presente edição. 1ª Edição fevereiro de 2012.