Mujeres en medicina en Montes Claros-MG: repercusiones de género en la trayectoria profesional

Women in medicine in Montes Claros-MG: gender repercussions on the professional trajectory

Autores/as

Palabras clave:

Educação médica, Mulheres, Relações de gênero, Feminização, Equidade

Resumen

Esse estudo enfoca a parte qualitativa de uma pesquisa quanti-qualitativa, cujo objetivo é o de conhecer a trajetória profissional de algumas mulheres médicas da cidade de Montes Claros (MG). Foram entrevistadas quatro médicas com mais de trinta anos de formadas e que atuaram na cidade. Optou-se pela análise de narrativas, sendo a entrevista o instrumento de pesquisa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes, parecer no 1.501.700/2016. Constatou-se que além do pioneirismo que abriu espaço para as mulheres na profissão médica, as entrevistadas deram importantes contribuições profissionais para a sociedade montesclarense. Porém, por adentrarem em um campo profissional hegemonicamente masculino, enfrentaram questões relativas ao sexismo vigente na sociedade e que era reproduzido na cultura médica. Isso fez com que tivessem que superar vários desafios como a luta pela entrada e permanência na medicina; o enfrentamento da discriminação de classe social e étnico-racial; seus esforços para comprovar a competência profissional e para superar as dificuldades de conciliação entre a vida pessoal e o desempenho profissional. Tais achados apontam para a necessidade de as instituições médicas, de ensino e de formação, promoverem o desenvolvimento de uma cultura médica com equidade de gênero e étnico-racial.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Vera Lucia Mendes Trabbold, Universidade Estadual de Montes Claros

Doutora em Ciências da Saúde, Docente e Pesquisadora do Departamento Saúde Mental e Saúde Coletiva, Curso Médico. Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)-MG. E-mail: veratrab@gmail.com.  ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0707-485x.

Maria Ivanilde Pereira Santos, Universidade Estadual de Montes Claros

Doutora em Ciências da Saúde, Professora-pesquisadora dos Departamentos de Saúde Mental e Saúde Coletiva (Medicina) e Ciências Econômicas (Economia) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)-MG. E-mail: maria.ivanilde@unimontes.br.   ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4828-7931.

Regina Célia Lima Caleiro, Universidade Estadual de Montes Claros

Professora aposentada do Departamento de História da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)-MG. E-mail:  regina.caleiro@hotmail.com.  ORCID  https://orcid.org/0000-0002-3734-4494.

Marise Fagundes Silveira, Universidade Estadual de Montes Claros

Doutora em Ciências, Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Programa de Pós-graduação em Cuidado Primário em Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)-MG. E-mail: ciaestatistica@yahoo.com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8821-3160.

Victória Spínola Duarte de Oliveira, Universidade Estadual de Montes Claros

Bolsista de Iniciação científica, acadêmica do Curso Médico, Universidade Estadual de Montes Claros-MG. E-mail: victoriaspinola@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2396-9047.  

Mariana Ribeiro Cavalcante, Universidade Estadual de Montes Claros

Bolsista de Iniciação Científica, acadêmica do Curso Médico, Universidade Estadual de Montes Claros-MG. E-mail: marianamrc@hotmail.com.  ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9491-6463.

Citas

ARAÚJO, M F. Diferença e igualdade nas relações de gênero. Psic. clin., Rio de Janeiro, v.17, n.2, p.41 – 52, 2005.

ARCHANJO, L R. Relações de gênero no Colégio Estadual do Paraná (1950/1960). In: Adelman, M.; Silvestrin, C B (orgs). Gênero Plural. Editora UFPR, 2002.

ANASTASIA, CMJ (Org.). Unimontes 50 anos: história e memória. Montes Claros: Unimontes, 2012, 120p.

AVILA, R C. Formação das mulheres nas escolas de medicina. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro, v. 38, n. 1, p. 142-149, Mar. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022014000100019&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 02 Mar. 2020.

The International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank. Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2012. Igualdade de Gênero e Desenvolvimento. Washington D.C., 2011. Disponível em: http://siteresources.worldbank.org/INTWDR2012/Resources/7778105-1299699968583/7786210-1315936231894/Overview-Portuguese.pdf. Acesso em: 04 out. 2019.

BOURDIEU, P. A dominação masculina. 5ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2007.

CARDIM, S; VARA, N. Estereótipos de género refletidos nas especialidades médicas. Journal of Studies in Citizenship and Sustainability, Portugal, n. 2, 2017. Disponível em: http://civemorum.com.pt/artigos/1/JSCS.2_Cardim&Vara_p1.17.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

COSTA, Simone de Melo; DURAES, Sarah Jane Alves; ABREU, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de. Feminização do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, supl. 1, p. 1865-1873, June 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700100&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 08 Nov. 2019.

DA CUNHA, Maria de Fátima. Homens e mulheres nos anos 1960/70: um modelo definido?. História: Questões & Debates, [S.l.], v. 34, n. 1, jun. 2001. ISSN 2447-8261. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/2665>. Acesso em: 05 mar. 2020.

DE PAULA AH. A medicina dos médicos e a outra... Montes Claros: Editora Montes Claros,1982.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira – INEP. Censo da Educação superior 2017. Diretoria de Estatísticas Educacionais – Deed, INEP/MEC. Brasília: DF, setembro de 2018. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/docman/setembro-2018-pdf/97041-apresentac-a-o-censo-superior-u-ltimo/file . Acesso em: 3 de junho 2019.

GOMES, N L. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação antirracista: caminhos abertos pela lei federal n. 10.639/03. Brasília, DF: MEC; Secretaria de Educação Continuada e Alfabetização e Diversidade, 2005. p. 39-62.

LETA, J. As mulheres na ciência brasileira: crescimento, contrastes e um perfil de sucesso. Estud. Av.., São Paulo , v. 17, n. 49, p. 271-284, Dec. 2003 . Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300016&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 junho 2019.

LOURO, GL. Epistemologia feminista e teorização social – desafios, subversões e alianças. In ADELMAN, M.;SILVESTRIN, CB (orgs). Coletânea gênero plural. Curitiba: Ed. UFPR, 2002.

LOURO, NECKEL, GOELLNER (orgs). Corpo, Gênero e sexualidade. Petrópolis: Vozes, 2003.

MACHADO, M H. A participação da mulher no setor saúde no Brasil - 1970/80. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 2, n. 4, p. 449-460, Dec. 1986. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1986000400005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 Feb. 2020.

MACHADO, MH.(coord). Os médicos no Brasil: um retrato da realidade. [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1997. 244 p. http://books.scielo.org/id/bm9qp/pdf/machado-9788575412695.pdf

MELO, H P; RODRIGUES, L. Pioneiras da ciência no Brasil: uma história contada doze anos depois. Cienc. Cult., São Paulo, v. 70, n. 3, p. 41-47, July 2018. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252018000300011&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 03 Junho 2019.

MINAYO, MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 9 ed. Revista e aprimorada. São Paulo: Hucitec, 2006.

MINELLA, L. S. Medicina e feminização em universidades brasileiras: o gênero nas interseções. Rev.Estud.Fem., Florianópolis, v.25, n.3, p.1111-1128, Dec. 2017. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2017000301111&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 04 junho 2019.

MONTAGNER, M I; MONTAGNER, M Â. Mulheres e trajetórias na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp: vozes singulares e imagens coletivas. Hist. cienc. saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 17, n. 2, p. 379-397, June 2010 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702010000200007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 06 Sept. 2019.

OLIVEIRA, B L C A de et al. Evolução, distribuição e expansão dos cursos de medicina no Brasil (1808-2018). Trab. educ. saúde, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, 2019. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462019000100509&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 09 Nov. 2019.

PEREIRA, L M. Montes Claros anos 50: entre a esperança e a frustração. Montes Claros, Unimontes Científica. Montes Claros, v.1, n.1, mar/2001.

PUGA, V.L. Especialidades Médicas, escolhas de gênero: Residência médica na UFU (PDF). ANPUH. Anais do XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza, 2009.Disponível em: https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019-01/1548772192_bbf053475ff5959974ac0ff0565e2442.pdf . Acesso em: 09 Nov. 2019.

RAGO, E J. A ruptura do mundo masculino da medicina: médicas brasileiras no século XIX. Cadernos Pagu, v.15, p. 199-225, 2015. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8635577 . Acesso em:3 jul. 2019.

RAGO, Elisabeth Juliska. Francisca Praguer Fróes: medicina, gênero e poder nas trajetórias de uma médica baiana (1872-1931). Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 13, n. 3, p. 985-993, June 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000300020&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 26 Feb. 2020.

REBELLO, I F. A mulher e a Unimontes. In LEITE, M V V (org.). Testemunhas da História: 50 anos da Unimontes. Montes Claros, MG: Unimontes, 2012. 126 p.

ROCHA-COUTINHO, Maria Lúcia. A narrativa oral, a análise de discurso e os estudos de gênero. Estud. psicol. (Natal), Natal , v. 11, n. 1, p. 65-69, Apr. 2006 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2006000100008&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 05 Mar. 2020.

SANTOS, T S dos. Gênero e carreira profissional na Medicina. Mulher e Trabalho, Porto Alegre, v. 4, p. 73-88, 2004.Disponivel em: http://www.ufrgs.br/cedcis/Genero.pdf . Acesso em: Acesso em: 05 Mar. 2020.

SILVA, FF. Mulheres na ciência: vozes, tempos, lugares e trajetórias. Tese (doutorado) Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós- Graduação em Ciências: Química da Vida e Saúde, RS, 2012, 147 p.

SCHEFFER, M. et al. Demografia Médica no Brasil 2018. São Paulo,SP: FMUSP, CFM, Cremesp, 2018. 286 p. https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/DemografiaMedica2018.pdf .

SCHEFFER, M C; CASSENOTE, A J F. A feminização da medicina no Brasil. Rev. Bioét., Brasília , v. 21, n. 2, p. 268-277, Aug. 2013. Disponivel em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422013000200010&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 13 Feb. 2020.

SCOTT, J W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, pp.71-99; jul./dez. 1995. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/viewFile/71721/40667. Acesso em: 15 Nov. 2019.

YANNOULAS, S C. Feminização ou feminilização? Apontamentos em torno de uma categoria. Temporalis, Brasilia (DF), ano 11, n.22, p.271-292, jul./dez. 2011. Disponível em:

file:///F:/Users/User/Downloads/1368-Texto%20do%20artigo-3348-1-10-20120204.pdf . Acesso em: 20 Mar 2020.

Publicado

2020-05-18

Cómo citar

Mendes Trabbold, V. L. ., Pereira Santos, M. I. ., Lima Caleiro, R. C. ., Fagundes Silveira, M. ., Spínola Duarte de Oliveira, V., & Ribeiro Cavalcante, M. (2020). Mujeres en medicina en Montes Claros-MG: repercusiones de género en la trayectoria profesional: Women in medicine in Montes Claros-MG: gender repercussions on the professional trajectory. Caminhos Da História, 23(2), 138–159. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2493

Número

Sección

Artigos Livres

Artículos más leídos del mismo autor/a