Lía de Itamaracá, reina de ciranda: de la mano com la historia
Lia de Itamaracá, queen of ciranda: hand in hand with history
DOI:
10.46551/issn.2317-0875v28n1p.60-80Palabras clave:
Lia do Itamaracá, ciranda, danza, história, contra-conductaResumen
Pretendemos percibir en las prácticas musicales, danzarias y cotidianas de la cirandeira Lia do Itamaracá, un modo de vivir o forma cultural como práctica de sí misma, antagónica a las técnicas del biopoder, o biopolítica que nos difunde y nos atraviesa, una contra- conducta. Teniendo como presupuesto metodológico la historia cultural y los conceptos foucaultianos, para buscar la realización de acciones libertarias como ruptura con la corporeidad, social y culturalmente, vigente. Utilizando la historia de ciranda y Lía y su obra, como compositora, intérprete, maestra de cirandeira y ciranda, actriz y ciudadana, concluimos que el coco y la ciranda, provenientes de las manifestaciones y prácticas populares de terreiros y fiestas profanas de negros esclavizados, practicantes de formas musicales, danzarias y convivenciales, marginadas del batuque y del calundu, circunscriben la tradición a la que se vincula Lía. Aportando un cuerpo como soporte y estructura de los valores que propaga la práctica cotidiana de la danza, promueve ética y estéticamente la cultura del cuerpo singular y social, implicando el cuidado de sí y la autoconstitución del sujeto en el uso de los placeres la emergencia de una ética del yo con la presencia continua del otro, elaborando una estetización de la existencia.
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