Lía de Itamaracá, reina de ciranda: de la mano com la historia

Lia de Itamaracá, queen of ciranda: hand in hand with history

Autores/as

DOI:

10.46551/issn.2317-0875v28n1p.60-80

Palabras clave:

Lia do Itamaracá, ciranda, danza, história, contra-conducta

Resumen

Pretendemos percibir en las prácticas musicales, danzarias y cotidianas de la cirandeira Lia do Itamaracá, un modo de vivir o forma cultural como práctica de sí misma, antagónica a las técnicas del biopoder, o biopolítica que nos difunde y nos atraviesa, una contra- conducta. Teniendo como presupuesto metodológico la historia cultural y los conceptos foucaultianos, para buscar la realización de acciones libertarias como ruptura con la corporeidad, social y culturalmente, vigente. Utilizando la historia de ciranda y Lía y su obra, como compositora, intérprete, maestra de cirandeira y ciranda, actriz y ciudadana, concluimos que el coco y la ciranda, provenientes de las manifestaciones y prácticas populares de terreiros y fiestas profanas de negros esclavizados, practicantes de formas musicales, danzarias y convivenciales, marginadas del batuque y del calundu, circunscriben la tradición a la que se vincula Lía. Aportando un cuerpo como soporte y estructura de los valores que propaga la práctica cotidiana de la danza, promueve ética y estéticamente la cultura del cuerpo singular y social, implicando el cuidado de sí y la autoconstitución del sujeto en el uso de los placeres la emergencia de una ética del yo con la presencia continua del otro, elaborando una estetización de la existencia.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Sonia Teller, Universidad de São Paulo (USP)

Máster en Historia, Departamento de Historia, Facultad de Filosofía, Letras y Humanidades de la Universidad de São Paulo, 2009. Correo electrónico: tellersonia31@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6809-614X. Me gustaría agradecer a la investigadora Sílvia Helena Paiva Espíndola su colaboración en este artículo.

Citas

AMARAL, Rita. Xirê! O modo de crer e viver no candomblé. RJ; SP: Pallas: EDUC, 2002.

ARAÚJO, Rita de Cássia. Festas, Máscaras do tempo: entrudo e frevo no Carnaval do Recife. Recife: Fundação de Cultura Recife, 1996.

AYALA, Maria Inês Novais e AYALA, Marcos. Cocos: alegria e devoção. Natal: Edufan, 2000.

BÁRBARA, Rosa Maria. A Dança das Aiabás: Dança, Corpo e Cotidiano das Mulheres no Candomblé. São Paulo, Tese de Doutoramento, Departamento de Sociologia USP, 2002.

CARNEIRO, Edison. “Samba de Umbigada”. In Folguedos Tradicionais. RJ: Edições Funarte, 1982.

CARNEIRO, Edison. Samba de Umbigada, Rio de Janeiro: Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, 1961.

DEBRET, Jean-Baptiste. Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Belo Horizonte: Livraria Itatiaia, Tomo I e II, 1978.

DIAS, Paulo. “A outra festa negra”. In: Jancsó, István e Kantor Íris (org.). Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. Vol. II. SP: Imprensa Oficial, 2001.

DINIZ, Padre Jaime. “Ciranda: roda de adultos no folclore pernambucano”. In: Revista do Departamento de extensão cultural e artística, Recife, 1960.

FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. Lisboa: Portugalia Editora, 1968.

FOUCAULT, Michel. Hermenêutica do sujeito. SP: Martins Fontes, 2006.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade. I, II, III. Rio de Janeiro, Graal, 1976-1985.

FOUCAULT. Segurança, território e população. 1ed SP. Martins Fontes, 2008.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis. Vozes, 1977.

GILROY, Paul. The black Atlantic: Modernity and Doublé Consciousness. London/ New York: Verso, 1993.

GINZBURG, C. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

JANCSÓ, István e KANTOR, Iris. Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. São Paulo: Imprensa Oficial, 2001, vol. I e II.

LASCH, Christopher. A cultura do Narcisismo: a vida americana numa era de esperanças em declínio. RJ: Imago Editora, 1983.

MONTEIRO, Marianna. “A dança na festa colonial”. In: Jancsó, István e Kantor Íris (org.). Festa, cultura e sociabilidade na América portuguesa, vol. II, SP: Imprensa Oficial, 2001.

MONTEIRO, Mariana. Espetáculo e devoção: burlesco e teologia política nas danças populares brasileiras. Tese de Doutoramento, Departamento de Filosofia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas-Universidade de SãoPaulo, São Paulo, 2002.

ORTIZ, Fernando. Los bailes y el teatro de los negros enelfolklore de Cuba. Habana: Ediciones Cardenas y Cia, 1951.

PELBART, Peter. Vida capital: ensaios de biopolítica. SP: Iluminuras, 2003.

PIMENTEL, Altimar. O coco praieiro: uma dança de umbigada. João Pessoa: Editora Universitária/ UFPb, 1978.

RABELLO, Evandro. Ciranda, dança de roda, dança da moda. Recife: UFPE, 1979.

RAGO, Margareth. “Cultura do Narcisismo, política e cuidado de si”. In: SOARES, Carmem (org.) Pesquisas sobre corpo. SP: Fapesp, 2007.

RAMOS, Arthur. O negro na civilização brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.

REIS, Letícia Vidor de Souza. “A aquarela do Brasil: reflexões preliminares sobre a construção nacional do samba e da capoeira”. In: Cadernos de Campo, nº 3, 1993.

RODRIGUES, Nina. Os africanos no Brasil. Brasília: Editora UNB, 2004.

RUGENDAS, Johan Moritz. Viagem pitoresca através do Brasil. SP: Martins Fontes, 1972.

SCHWARCZ, Lilian M. Viajantes em meio ao império das festas. In: Jancsó, I.; Kantor, I. (org.). Festa: cultura e sociabilidade na América Portuguesa. Vol. II. SP: Imprensa Oficial, 2001.

SENNET, R. Carne e Pedra. O corpo e a cidade na civilização ocidental. RJ: Record, 2001.

SENNET, Richard. O declínio do homem público: as tiranias da intimidade. SP: Companhia das Letras, 1988

SEVCENKO, Nicolau. “Corpo e civilização, revisitando o Jardim de Afrodite”. Conferência, outubro de 2005.

SPIX, Johann Baptiste e MARTIUS, Carl Friedrich Phillip von. Viagem pelo Brasil. Vol.1, Belo Horizonte: Livraria Itatiaia, 1981.

TELLES SANTOS, Jocélio. O poder da cultura e a cultura do poder. Salvador: Edufba, 2005.

TINHORÃO, José Ramos. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Editora 34, 2000.

TINHORÃO, José Ramos. Os sons dos negros no Brasil. São Paulo: Art Editora, 1988.

TREECE, David. “Linguagem, música e estética negra”. In: MARCONDES, Marlene; TOLEDO, Ferreira (org.). Cultura popular: o jeito de ser e viver de um povo. SP: Nankim Editorial, 2004.

VIGARELLO, G. Panóplias corretoras, balizas para uma história. In: SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de. Políticas do corpo. SP: Estação Liberdade,1995, p.35.

VILLELA, José Aloísio. O coco de Alagoas. Maceió: Departamento Estadual Cultural, 1961.

Publicado

2023-01-02

Cómo citar

Teller, S. (2023). Lía de Itamaracá, reina de ciranda: de la mano com la historia: Lia de Itamaracá, queen of ciranda: hand in hand with history. Caminhos Da História, 28(1), 60–80. https://doi.org/10.46551/issn.2317-0875v28n1p.60-80