Mulheres e graffiti: experimentações etnográficas no coletivo “Freedas Crew”
Women and graffiti: ethnographic experiments in the collective “Freedas Crew”
Palavras-chave:
Graffiti, Mulheres artistas, Freedas Crew, Gênero, BrasilResumo
Este artigo faz parte da minha pesquisa de mestrado em Antropologia (PPGA-UFPA), que foi uma etnografia sobre as Freedas Crew, um coletivo de mulheres e uma pessoa trans que grafitam na cidade de Belém. Utilizo a experimentação como metodologia e ao me colocar como pesquisadora-aprendiz dialogo com conceitos que perpassam pelas técnicas do corpo e corpografia. Levando em consideração que o graffiti aqui abordado tem sua história vinculada ao movimento hip hop norte-americano, as vivências apresentadas estão inseridas em contextos periféricos, relações de gênero, regras de convivência e o uso de meios virtuais para difusão. É um texto que se propõe a problematizar como essas integrantes se articulam enquanto coletivo em relação a cena do graffiti paraense.
Downloads
Referências
BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2008.
BITTENCOURT, L. A. Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. In: BIANCO, Bela et alli. Desafios da imagem: fotografia, iconografia e vídeo nas ciências sociais. Campinas, SP: Papirus, 1998.
CAMPOS, Ricardo. Pintando a cidade: uma abordagem antropológica ao graffiti urbano. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Aberta, Lisboa, 2007.
_______. Imagens e tecnologias visuais em pesquisa social: tendências e desafios. Análise
Social 46(199): 237-259, 2011.
_______. A pixelização dos muros: graffiti urbano, tecnologias digitais e cultura visual contemporânea. Revista FAMECOS 19(2): 543-566, 2012.
CASTLEMAN, C. Getting up: subway graffiti in New York. Cambridge: The MIT Press, 1982.
CLIFFORD, J; MARCUS, G. Writing Culture: the poetics and politics of ethnography. London: University of California Press, 1986.
CORTEZ, Flavia. Lugar de Mulher. Outros 400 [Online], 8 abril. 2016. Disponível: http://
www.outros400.com.br/urubuservando/3897. Acesso em: 23 de abril de 2018.
DIÓGENES, Gloria. Signos urbanos juvenis: rodas da piXação no ciberespaço. Cadernos de Campo 22:45-61, 2014.
_______. A arte urbana entre ambientes: “dobras” entre a cidade “material” e o ciberespaço. Etnográfica [Online] 19(3): 537-556, 2015. Disponível em <http://etnografica.revues.org/4105>. Acesso 28 out. 2015.
FELIZ, M. G. Cely feliz: nem todo risco no muro é masculino. Monografia de Bacharelado. Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal do Pará, Belém, 2014.
FIGUEIREDO, Ana Luisa. Mulher no graffiti: perspectivas da prática em contexto metropolitano. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2019.
FRAGOSO, Tiago. O. Convivialidade e performance na experiência estética dos jovens hip hoppers da Força Hip Hop em Fortaleza. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2011.
FREITAS, Thayanne. T. 2015. Freedas Crew: mulheres livres para pintar. Revista DR, 2. Disponível em: http://www.revistadr.com.br/posts/freedas-crew-mulheres-livres-para-pintar. Acesso 31 jan. 2017.
_______. Pintando com elas: uma etnografia a partir do coletivo de graffiti Freedas Crew/ Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2017.
_______. Intercruzamento entre religiões de matriz africana e o graffiti: a decisão da entidade no ato de pintar o terreiro de Mina Nagô Deus Esteja Contigo. Ciencias Sociales y Religión, v. 22, p. e020012, 13 maio 2020.
FREITAS, Thayanne; Bonfim, Evandro. Freedas Crew: Pintando Com um Grupo de Mulheres. Rev. FSA, Teresina, v. 13, n. 5, set./out. 2016.
GANZ, Nicholas. Graffiti world: street art from the five continents. London: Thames &
Hudson, 2004.
_______. Nicholas. graffiti Woman - Street Art from Five Continents, Thames and Hudson, 2006.
GADELHA, J. J. B. O sensível e o cruel: uma aprendizagem pelas performances sadomasoquistas. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Artes, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.
GELL, Alfred. A rede de Vogel: armadilhas como obras de arte e obras de arte como armadilhas. Arte e Ensaios 8(8):175-191, 2001.
GITAHY, Celso. O que é graffiti. São Paulo: Brasiliense, 1999.
HERSE, Luisa. F. H. Aproximaciones al análisis sobre graffiti e género en México. Revista de Estudios Urbanos y Ciencias Sociales 2(2): 133-141, 2012.
_______. Mujeres y graffiti en México: algunas reflexiones sobre género y juventud. Debates Feminista 48: 63-74, 2013.
LACHMAN, Richard. Graffiti as Career and Ideology. American Journal of Sociology 94(2): 229-250, 1988.
Leite, ANTONIO. E. Graffiti em Sp: tendências contemporâneas. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2013.
MACHADO, Telma. P. A. Graffiti girl: contributos para uma identidade feminina no contexto da produção de graffiti e de street art em Portugual. Dissertação de Mestrado. Mestrado em Design da Imagem, Universidade do Porto, Porto, 2011.
MACDONALD, Nancy. The Feminine Touch: The highs and lows of the female graffiti experience. In: graffiti Woman. Editado por Nicholas Ganz, pp. 12-13. London: Thames & Hudson, 2006.
MAGRO, Viviane. M. Meninas do graffiti: educação, adolescência, identidade e gênero nas culturas juvenis contemporâneas. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade de Campinas, Campinas, 2003.
MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003.
MORENO, M. 2011. Mulheres no muro: grafites e grafiteiras em Salvador. Dissertação de Mestrado. Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, Universidade Federal da Bahia, Salvador.
NASCIMENTO, Silvana. A cidade no corpo. Ponto Urbe [Online], 19 | 2016. Acessado em: 09 Janeiro 2017. Disponível em: http://pontourbe.revues.org/3316 .
PEREIRA, Alexandre. B. De rolê pela cidade: os pixadores em São Paulo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
PINK, Sarah. Doing Visual Ethnography. London/Thousand Oaks/New Delhi: SAGE, 2007.
SANTIAGO, Naigleison. F. Gangues da madrugada: práticas culturais e educativas dos pichadores de Fortaleza nas décadas de 1980 e 1990. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2011.
SILVA, Paula. Break em Recife: hierarquias e sociabilidades. Dissertação de Mestrado.
Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal de Pernambuco,
Recife, 2012.
SILAV, Vivian. As escritoras de grafite de Porto Alegre: um estudo sobre as possibilidades de formação de identidade através da arte. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2008.
WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify Portátil, 2012.
WACQUANT, Loïc. Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.