Dia Internacional da Mulher: artigo ressalta a presença feminina nas Feiras do Sertão Baiano
No Dia Internacional da Mulher destacamos o artigo "Redes de mulheres feirantes no Sertão Baiano", publicado no v. 19, n. 01, p. 249–270, 2021 o artigo conta com 401 visualizações. Conduzido por Patrícia Quirino Rocha (Universidade Federal de Sergipe – UFS) e Maria Augusta Mundim Vargas (Universidade Federal de Sergipe – UFS), o estudo oferece uma visão sobre as territorialidades e o papel crucial das mulheres nas feiras de Euclides da Cunha, Bahia.
O artigo propõe uma compreensão das territorialidades das mulheres feirantes, mostrando como elas estão presentes e atuantes nas feiras, superando conflitos desde o ambiente doméstico até os espaços públicos. As autoras destacam que as mulheres feirantes são resultado de lutas e conquistas, demonstrando sua força e resiliência.
A pesquisa explora ainda as práticas, os saberes e os vínculos das feirantes com os produtos de suas barracas. Ao observar como essas conexões revelam um forte pertencimento ao sertão, o estudo utiliza a fenomenologia existencial de Merleau-Ponty e os sentidos corporais sinalizados por Tuan para compreender o mundo vivido dessas mulheres.
O artigo concebe a feira como um território perpassado por redes que conectam feirantes, fregueses e produtos. Essa dinâmica abrange relações de poder simbólicas e concretas, onde as relações mercadológicas não são as únicas. Além do comércio, há relações de sociabilidade, confiança e amizade, todas construtoras das territorialidades que marcam os sentidos de "ser mulher" e "ser feirante".
Implicações do estudo
Este estudo oferece uma valiosa contribuição para a compreensão das dinâmicas sociais e econômicas nas feiras do sertão baiano, destacando a importância do papel das mulheres nesses espaços. Ao valorizar suas práticas, saberes e vínculos, o artigo promove uma visão mais justa e equitativa das comunidades rurais.
Neste Dia Internacional da Mulher, convidamos você a refletir sobre a força e a importância das mulheres feirantes no sertão baiano. Seus saberes, práticas e redes de apoio são fundamentais para a economia local e para a construção de comunidades mais resilientes.
Convidamos você a fazer a leitura do artigo completo para compreender melhor essa dinâmica.