Geografia das Telecomunicações no Brasil: um esforço de síntese

Autores

DOI:

10.22238/rc24482692201816020330

Palavras-chave:

Uso corporativo do território. Tecnologias da informação. Telecomunicações. Empresas de telecomunicação. Brasil.

Resumo

A sociedade experimenta no período técnico atual transformações profundas advindas, sobretudo, do uso crescente dos serviços de telecomunicação e das tecnologias de informação que redirecionam, em diversos sentidos, os processos de acumulação, ampliação do capital, mas também das redes de articulação e gestão territorial. Em termos metodológicos e práticos, de um lado, observa-se empiricamente uma crescente incorporação das tecnologias da informação e telecomunicação na produção econômica e dos bens materiais e, de outro, se verifica a intensificação do fenômeno da desigualdade, complementaridade, antagonismo entre espaços dotados de maior densidade técnica e outros com menor carga de infraestrutura material e inovação. Assim, da mediação entre o Estado e o poder privado na utilização do território surgem conflitos, simbioses e apropriações que precisam ser mais bem estudadas na Geografia. Com isso, a análise das empresas privadas de telecomunicação é tomada como fio condutor e objetivo maior para a leitura espacial dos segmentos de televisão por assinatura, telefonia celular e internet, no momento em que o Brasil passa por diversas transformações socioespaciais, com a ampliação da densidade técnica territorial, no período recente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Fernando Jurado da Silva, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Presidente Prudente (SP). Atualmente é Gerente (Gestor) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Campo Grande.

Referências

ASCHER, F. Métapolis ou l’avenir des villes. Paris: Odile Jacob, 1995.

DICKEN, P.; Malmberg, A. Firms in territories: a relational perspective. Economic Geography, v. 77, n. 4, p. 345 – 363, out. 2001. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/3594105?origin=crossref> Acesso em: 9 ago. 2013.

LOURAL, C. A.; LEAL, R. L. V. Desafios e oportunidades do setor de telecomunicações no Brasil. Textos para discussão. Brasília: CEPAL/IPEA, 2010. Disponível em: < http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1545.

pdf>. Acesso em: 13 dez. 2013.

MATTOS, C. A. Nuevas estrategias empresariales y mutaciones territoriales en los procesos de reestructuración en América Latina. Revista Paraguaya de Sociología, Ano 29, n. 84, p. 145-170, 1992.

MELO, P. L. R.; MUSSENGUE, M. M. A. As atuações mexicana e espanhola no segmento de telecomunicações na América Latina. Internext – Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 66-89, jul./dez. 2011. Disponível em: < http://internext.espm.br/index.php/internext/article/view/124> Acesso em: 10 out. 2013.

MIRANDA, P.; KUME, H.; PIANI, G. Liberalização do comércio de serviços: o caso do setor de telecomunicações no Brasil (texto para discussão 1599). Rio de Janeiro: IPEA, 2011. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article &id=9771>. Acesso em: 18 jan. 2014.

MURILLO, M. V. Political competition, partisanship and policy making in Latin American public utilities. Nova York: Cambridge University Press, 2009.

NALLAR, D. M. El estado regulador y el nuevo mercado del servicio público. Análisis jurídico sobre la privatización, la regulación y los entes regulatorios. Buenos Aires: Depalma, 1999.

ONU. Minuto da telefonia móvel no Brasil é um dos mais caros entre países em desenvolvimento, revela ONU. 2011. Disponível em: <http://www.onu.org.br/minuto-da-telefonia- movel-no-brasil-e-um-dos-mais-caros-entre-paises-em-desenvolvimento-revela-onu/>. Acesso em: 15 fev. 2014.

PENNA, N. A. A questão urbana ambiental: política urbana e gestão da cidade. In: X

ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 2003, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2003.

ROZAS BALBONTÍN, P. Privatización, reestructuración industrial y prácticas regulatorias en el sector telecomunicaciones. Santiago: Cepal/Naciones Unidas, 2005.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. 4. reimp. São Paulo: Edusp, 2008.

SANTOS, M.; RIBEIRO, A. C. T. O conceito de região concentrada. Universidade Federal do Rio de Janeiro, IPPUR e Departamento de Geografia, mimeo, 1979.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.

SAUAIA, A. C. A.; KALLÁS, D. O dilema cooperação-competição em mercados concorrenciais: o conflito do oligopólio tratado em um jogo de empresas. Revista de Administração Contemporânea, v. 11, n. especial, p. 77-101. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552007000500005&script=sci_arttext>. Acesso em: 16 dez. 2013.

SILVEIRA, M. L. Por uma teoria do espaço latino-americano. In: LEMOS, A. I. G.; SILVEIRA, M. L.; ARROYO, M. M. (Orgs.). Questões territoriais na América Latina. Buenos Aires: Clacso, São Paulo: Universidade de São Paulo, 2006. p. 85-100.

Downloads

Publicado

2018-11-12

Como Citar

JURADO DA SILVA, . P. F. Geografia das Telecomunicações no Brasil: um esforço de síntese. Revista Cerrados, [S. l.], v. 16, n. 02, p. 03–30, 2018. DOI: 10.22238/rc24482692201816020330. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/1078. Acesso em: 24 dez. 2024.