Geotecnologias aplicadas no mapeamento geomorfológico do município de Montes Claros/MG
Palavras-chave:
Geotecnologias, Mapeamento, Geomorfologia e Montes Claros.Resumo
O relevo da superfície terrestre, objeto de estudo da Geomorfologia, exerce influência marcante no cotidiano humano, tendo em vista que suas formas, padrões e declividades interferem decisivamente nas construções humanas como estradas, hidroelétricas, na rotação de culturas, em fim, toda atividade humana será influenciada direta ou indiretamente pelo relevo. Assim sendo, este trabalho procurou compreender e mapear a configuração do relevo no município de Montes Claros, através da aplicação das geotecnologias e de produtos orbitais, no intuito de promover, através de documentos cartográficos, o registro dos aspectos morfocronológicos, morfodinâmicos e morfométricos referentes à Geomorfologia montesclarense. Estes objetivos se justificam uma vez que as variáveis geomorfológicas selecionadas fornecem informações fundamentais para a interpretação dos fenômenos geomorfológicos do município de Montes claros, contribuindo desta forma, para a análise dos terrenos deste município a partir de levantamentos confiáveis de dados georreferenciados. Para a realização deste mapeamento utilizou-se de metodologias consagradas no quadro nacional e internacional como, por exemplo, a metodologia de Libault (1971), Ross (1992) e Ross (1994) estas metodologias possibilitaram e facilitaram a execução do trabalho exatamente por serem flexíveis e possibilitarem a adequação das realidades locais ao seu modelo de interpretação. O mapeamento geomorfológico do município de Montes Claros explicitou a falta de estudos sobre as paisagens regionais e o alto grau de generalização dos trabalhos direcionados para o município em foco, dentro desta lógica o presente estudo, focado na delimitação dos componentes do relevo bem como no levantamento de dados sobre os aspectos morfocronológicos, morfodinâmicos e morfométricos, alcança singular importância no que se refere ao pioneirismo dos estudos geomorfológicos semi-detalhados deste município.
Downloads
Referências
AB’SABER. A. N. Megageomorfologia do território brasileiro. In: CUNHA Sandra Batista da. GUERRA, Antonio José Teixeira. (org.). Geomorfologia do Brasil – 2º ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BRITO, J. L. B. adequação das potencialidades do uso da terra na bacia do Ribeirão Bom Jardim no Triangulo Mineiro (MG): ensaio de geoprocessamento. In LIMA, S. do C.; SANTOS, R. J. (org.) Gestão ambiental da Bacia do Araguari: rumo ao
desenvolvimento sustentável. Uberlândia: Instituto de geografia, CNPQ, 2004. 221p. p.45-68.
CPRM, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, 2002. Projeto São Francisco: Caracterização Hidrogeológica da Micro Região de Montes Claros. Angélica G. Soares, Eduardo J.M. Simões, Ely S. de Oliveira, Haroldo S. Viana – Belo Horizonte:
SEME/COMIG/CPRM, 2002.
DEMEK, J.Generalization of Geomorphological Maps. In. Progress Made in Geomorphological Mapping, Campinas,Brno, 1967.
FLORENZANO, T.G. Sensoriamento Remoto para a Geomorfologia.In: Geomorfologia: conceitos e Tecnologias Atuais / Teresa Gallotti Florenzano (org.).—São Paulo : Oficina de textos, 2008 p. 31-71.
FLORENZANO, T.G. Cartografia. In: Geomorfologia: conceitos e Tecnologias Atuais / Teresa Gallotti Florenzano (org.).—São Paulo : Oficina de textos, 2008b p. 105-128.
GERASIMOV, I. Problemas Metodológicos de la Ecologizacion de la Ciência Contemporânea. In. La Sociedad y el Médio Natural, editorial Progresso, Moscou, 1980.
GERASIMOV, I.P. & MESCHERIKOV, J.A. 1968. Morphostructure. In:FAIRBRIDGE, R.W. (ed). The Encyclopedia of Geomorphology.Encyclopedia of Earth Sciences. Pennsylvania, Dowden, ulchinson& Koss Inc., p. 731-732.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Geografia do Brasil/Região Sudeste. Rio de Janeiro. SERGRAF-IBGE, 1977.
_____. Noções Básicas de Cartografia / Departamento de Cartografia. – Rio de Janeiro: IBGE, 1999.
_____, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2000, disponível em: http/www.ibge.gov.br, acessado em: 05/04/2008.
________. Estimativa 2008, disponível em: http/www.ibge.gov.br, acessado em: 05/04/2008.
JACOMINE, P. K. T. et al. Levantamento exploratório-reconhecimento de solos do Norte de Minas Gerais (área de atuação da SUDENE). Recife: EMBRAPASUDENE, 1979. 408 p.
LIBAULT, C.O. A. Os quatro níveis da pesquisa geográfica. Métodos em questão. São Paulo: USP/IG, 1971.
LEITE, M. R.; LEITE, M. E.; CLEMENTE, C. M. S. Ensaio Metodológico Para Obtenção de Modelagem de Relevo a partir de Dados SRTM. In: VII Encontro Regional de Geografia VII ERG, 2008, Montes Claros. VII Encontro Regional de Geografia VII ERG. Montes Claros: UNIMONTES, 2008. (Disponível em Anais) NIMER, E. BRANDÂO, A. M.P. M, 1989. Balanço Hídrico e Clima da região do Cerrado. Rio de Janeiro, IBGE, 1989.
PMMC, Prefeitura Municipal de Montes Claros, 2006. Coletânea de Informações sobre o Município de Montes Claros, 2006. Disponível em: http/www.pmmc.br, acessado em 01/09/2007.
PIRES, Fernando Roberto Mendes, 2001. Arcabouço Geológico. In: CUNHA Sandra Batista da. GUERRA, Antonio José Teixeira. Geomorfologia do Brasil (org.). – 2º ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: Ambiental e Planejamento 2ª Ed. São Paulo: Contexto, 1991. – Coleção repensando a Geografia.
_____________. O Registro cartográfico dos fatos geomorfológicos e a questão da taxonomia do relevo. Revista do Departamento de Geografia. São Paulo, FFLCH, n. 6, p. 17-29, 1992.
____________. A análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais antropizados. Revista do departamento de Geografia. São Paulo: FFLCH-USP, n. 8, p.63-74, 1994.
SILVA. F.F. e CANDEIA.A.L.B. Dados SRTM: Como Utilizá-los? Um Exemplo na Ilha de Itamaracá. COBRAC 2006 · Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário · UFSC Florianópolis · 15 a 19 de Outubro 2006 (Disponível em anais)
TRICART, J. Ecodinâmica. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Superintendência de Recursos Naturais e Meio ambiente. Diretoria Técnica. Rio de Janeiro, p. 97, 1977. Original publicado em 1965, na França.
VALERIANO. Modelos digitais de elevação de microbacias elaborados com krigagem. São José do Campos: INPE: Coordenação de Ensino, Documentação e Programas Especiais (INPE-9364-RPQ/736 54p. 2002.
___________.Curvatura vertical de vertentes em microbacias pela análise de modelos digitais de elevação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v.7, n.3, p.539-546, 2003.
___________.Modelo digital de elevação com dados SRTM disponível para a América do Sul. São José dos Campos: Inpe, 2004. Inpe – 10550 – RPQ - / 756
___________. Dados Topográficos. In: Geomorfologia: conceitos e Tecnologias Atuais / Teresa Gallotti Florenzano (org.).—São Paulo : Oficina de textos, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Copyright (c) 2009 Revista Cerrados
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Nesta Revista, os Direitos Autorais para artigos publicados são do(s) autor(es), sendo os direitos da primeira publicação pertecentes à Revista Cerrados. Os artigos são de acesso público, de uso gratuito, de atribuições próprias, de atribuições educacionais e de aplicações não comerciais.