O uso de plantas medicinais na área urbana de Montes Claros-MG: reflexões a partir da população atendida na estratégia saúde da família do bairro Morrinhos
Palavras-chave:
Plantas Medicinais. Estratégia Saúde da Família. População. Bairro Morrinhos. Micro Área I.Resumo
Conhecer os possíveis usos das plantas medicinais, pela população atendida na Estratégia de Saúde da Família (ESF), na Micro-área 01, da Meso-área II, do Bairro Morrinhos em Montes Claros MG. Metodologicamente realizou-se uma ampla revisão bibliográfica utilizando livros, artigos e periódicos que discutem acerca da utilização das plantas medicinais; adotou-se também a pesquisa quali-quantitativa, onde se utilizou da aplicação de questionários semi-estruturados, aplicados aleatoriamente a 25% das famílias da Micro-Área. A partir dos dados, traçou-se o perfil da população estudada, identificou-se as famílias que fazem uso de plantas medicinais frequentemente e quais são as espécies mais usadas e seus diversos aplicativos. Contatou-se que a maioria das plantas são preparadas em forma de chás e cultivadas nas residências, onde os conhecimentos acerca do uso e preparo são obtidos na família e vizinhança. As espécies são utilizadas popularmente e possuem propriedades curativas comprovadas cientificamente, necessitando de orientação correta sobre o uso e cultivo. A pesquisa oportunizou conhecimentos a cerca da utilização das plantas medicinais; 63% das famílias entrevistadas as usam, o que é significativo. No entanto, grande parte da utilização é feita por idosos e sem orientação especializada por parte dos Agentes da ESF ou de outros profissionais da área.
Downloads
Referências
ALVIM et al. O uso de plantas medicinais como recurso terapêutico: das influências da formação profissional às implicações éticas e legais de sua aplicabilidade como extensão da prática de cuidar realizada pela enfermeira. Rev Latino-am Enfermagem, v.14, n.3, mai./jun. 2006. Disponível em www. eerp.usp.br/rlae. Acesso em 01.set.2007.
BESEN, B.C. A Estratégia Saúde da Família como Objeto de Educação em Saúde.Revista Saúde e Sociedade v.16, n.1, p.57-68, jan-abr 2007.
BORGES, M. D. Processo de re-territorialização do Programa Saúde da família do bairro Morrinhos – Equipe I. Relatório de Estágio Curricular do Curso de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Enfermagem, 2007.
BRANQUINHO, T.F.Da “química” da erva nos saberes popular e cientifico. 210 f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n°971, de maio de 2006. Aprovaapolítica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, n.84, seção1, 2006.p.19.
______. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1882, de 18 de dezembro de 1997. Brasília, DF, 1997. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2006.
BURKE, P. A cultura popular na idade moderna. S. Paulo, Cia. das Letras, 1989.
CAMARGO, M.T.L. ARRUDA; Medicina popular. Aspectos metodológicos de pesquisa, ALMED, São Paulo. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Vol.44, n.4, out./dez.1995.
CALDEIRA, A.P. et al. Conhecimentos e práticas de promoção do aleitamento materno em Equipes de Saúde da Família em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 23(8):1965-1970, ago, 2007.
CARLINI, E. A. Pesquisas com plantas medicinais usadas em medicina popular. Rev. Ass. Med. Bras., v.29, p.109-110, 1983.
DA ROS, M.A. Políticas públicas de saúde no Brasil. In: BAGRICHEVSKI, M. (Org.). Saúde em debate na Educação Física. Blumenau: Nova Letra, 2006. p.44-66.
FURTADO, C. Cultura e desenvolvimento em época de crise, ed.paz e terra economia 2°ed. Rio de Janeiro, 1984.
LOW, T.; RODD, T.; BERESFORD, R. Segredos e virtudes das plantas medicinais: um guia com centenas de plantas nativas e exóticas e seus poderes curativos. Rio de janeiro: Reader´s Digest Livros, 1994.
OLIVEIRA, M. D. B.; ASTEGGER, S. K. Secretaria Municipal de Saúde – Montes Claros (MG). Relatório de Territorialização do bairro Morrinhos. Montes Claros, 2008.
RONCOLLETA, A.F.T. et al. Princípios da medicina de família. São Paulo: Sombramfa, 2003.
RIGUEIRO, M.P. Plantas Medicinais. Disponível em < http://saudealternativa. org/2007/07/23/plantas-medicinais/ >. Acesso em 19/03/2010.
SANTOS, F.S.D. dos. Tradições populares de uso de plantas medicinais na Amazônia. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, vol. VI (suplemento), 919-939, setembro 2000.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MONTES CLAROS. Sistema de Informação da Atenção Básica de Saúde de Montes Claros. Montes Claros (MG): Prefeitura Municipal de Montes Claros, 2010.
VALIATI, P. M. Secretaria Municipal de Saúde – Montes Claros (MG). Territorialização da Unidade de Saúde da Família do bairro Morrinhos – Equipe 03. Montes Claros, 2008.
VEIGA JUNIOR, V.F. Estudo do consumo de plantas medicinais na Região Centro-Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de saúde e modo de uso pela população. Rev. bras. farmacogn., João Pessoa, v. 18, n. 2, Junho 2008 .
VIERA, L.S. Fitoterapia da Amazônia. São Paulo: Ceres, 1992.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2014 Revista Cerrados
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Nesta Revista, os Direitos Autorais para artigos publicados são do(s) autor(es), sendo os direitos da primeira publicação pertecentes à Revista Cerrados. Os artigos são de acesso público, de uso gratuito, de atribuições próprias, de atribuições educacionais e de aplicações não comerciais.