Levantamento batimétrico automatizado em ambiente lacustre brasileiro: o estudo de caso da Lagoa Maior

Autores

DOI:

10.46551/rc24482692202028

Palavras-chave:

Batimetria. Três Lagoas. Lagoa urbana. Modelagem 3d. Ecobatímetro.

Resumo

Uma das atividades que ajudam a compreender a dinâmica hídrica em corpos d’água são os levantamentos batimétricos. Os procedimentos para realização, dependendo das condições físicas do ambiente ou econômica dos interessados, podem ser efetuadas de forma manual ou automatizada. Esse artigo retrata a experiência efetuada na lagoa maior urbana do município de Três Lagoas/MS, no ano de 2015. Os procedimentos metodológicos foram feitos em duas etapas, iniciou com uma operação em campo adotando o procedimento automatizado com auxílio de um ecobatímetro e gps, finalizando com a aferição e elaboração dos resultados em laboratório. A partir das aplicações dos procedimentos metodológicos propostos, obteve dois produtos cartográficos digitais, o mapa batimétrico e o modelo digital em três dimensões. O comprimento máximo encontrado foi de 809,2m, a profundidade máxima 1,80m, a profundidade média 0,65m, em uma área de 417.782,5 m². Observou que há um assoreamento progressivo confirmado na Lagoa Maior, já que trabalhos realizados em 2002 constataram uma profundidade máxima de 3 metros. Isso poderá gerar problemas como a diminuição da vida aquática e a probabilidade de secagem do leito no período da estiagem.

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Biografia do Autor

Denivaldo Ferreira de Souza, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil

É Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Atualmente é Doutorando do Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

André Luiz Pinto, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, Brasil

É Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Mestre e Doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

SOUZA, D. F. de; PINTO, A. L. Levantamento batimétrico automatizado em ambiente lacustre brasileiro: o estudo de caso da Lagoa Maior. Revista Cerrados, [S. l.], v. 18, n. 02, p. 536–552, 2020. DOI: 10.46551/rc24482692202028. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/3068. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

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Artigos

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