Territorialities between non-hegemonic social groups and the traditional forms of political-state organization in the municipality of Mirabela – MG
DOI:
10.46551/rc24482692202320Keywords:
Territory, Territorialities, Hegemonies, RootsmenAbstract
The article addresses the territorialities between non-hegemonic social groups and the traditional forms of political-state organization in the municipality of Mirabela – MG. Theoretical analysis is guided by spatialities, with emphasis on the territory category, the result of the "intertwining" of historical processes, the material and social basis of local and regional human dynamics. The methodological path used consisted of bibliographical research, field work with the support of participant research as a data collection instrument, the semi-structured interview. The investigation is presented from the context of the entry of eucalyptus monoculture companies in the North of Minas Gerais in the 1960s in the processes of forming territories to the premises of these business corporations, with the help of the state machine and its subsidies. The territory as a category, in its multidimensionalities, subject-relation-space, delimited in the field of conflict and dispute for “power”, both material and immaterial. Conceptions, political-legal, economic and cultural, and territorialities are present daily in the municipality of Mirabela. From this geographical perspective, the territory presents different nuances, that is, due to the geographical processes of Territorialization, Desterritorialization and Reterritorialization that are built and reconstructed according to the relationship of groups with their respective territories. The power relations between the rootmens and the eucalyptus monoculture companies combine certain meanings with space and territory, consolidate meanings, notions that legitimize social and political actions.
Downloads
References
AB’SÁBER, A. N. As boçorocas de Franca. Revista da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca, [S./l.], v. 2, n. 1, p. 05-27, 1968.
ABREU, Regina. Patrimonialização das diferenças e os novos sujeitos de direito coletivo no Brasil. In: TARDY, Cécile; DODEBEI, Vera (Org.). Memória e novos patrimônios. Marseille: Open Edition Press, 2015. p. 67-93.
ACSELRAD, H. Território e poder: a política das escalas. In: FISCHER, T. (org). Gestão do desenvolvimento e poderes locais: marcos teórico e avaliação. Salvador: Casa da Qualidade, 2002.
ACSELRAD, H. Meio ambiente e justiça - estratégias argumentativas e ação coletiva. In: Educação Ambiental - Referencial Teórico. Banco de dados do ICMBio, 2004.
ACSELRAD, H.; MELLO, C. A.; BEZERRA, G. Agenda 21 local: um glossário analítico para o debate. In: ACSELRAD, H.; MELLO, C.; BEZERRA, G. (Orgs.). Cidade, ambiente e política: Problematizando a Agenda 21 local. Rio de Janeiro: Garamond, 2007, p.33-87.
ACSELRAD, H.; MELLO, C. A.; BEZERRA, G. Cartografias sociais e Território. Rio de Janeiro. Ed. UFRJ. 2008.
ALMEIDA, A. W. B. Terras tradicionalmente ocupadas: processos de territorialização e movimentos sociais. R. B. Estudos Urbanos e Regionais, [S./l.], v. 6, n. 1, 2004, p. 9-32.
ALMEIDA, A. W. B. De Terra de quilombo, terras indígenas, “babaçuais livre”, “castanhais do povo”, faxinais e fundos de pasto: terras tradicionalmente ocupadas. 2. ed. Manaus: PGSCA-UFAM, 2008.
ALMEIDA, A. W. B. Agroestratégias e desterritorialização: direitos territoriais e étnicos na mira dos estrategistas dos agronegócios. In.: Capitalismo globalizado e recursos territoriais. Rio de Janeiro. Editora Lamparina. 2010, p.101-143.
ALMEIDA, A. W. B. Conceito de terras tradicionalmente ocupadas. 2020. Disponível em: . Acesso em: 02 junho. 2020.
ALMEIDA, S. P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998.
ALVES, R. R. N.; SILVA, C. C.; ALVES, H. N. Aspectos socioeconômicos do comercio de plantas e animais medicinais em áreas metropolitanas do Norte e Nordeste do Brasil. Revista de Biologia e Ciências da Terra, [S./l.], v. 8, p. 181-189. 2008.
ANDERSON, B. Nação e Consciência Nacional. São Paulo: Ática, 1989.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa. 4. Ed. São Paulo: Saraiva 1990.
BRASIL. Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007. 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm>. Acesso em: 5 junho. 2020.
CARRERE, Ricardo (Org.). As plantações não são florestas. Montevideo, Uruguai: Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, 2003. 211 p.
DAYRELL, C. A. Geraizeiros e Biodiversidade no Norte de Minas: a Contribuição da Agroecologia e da Etnoecologia nos Estudos dos Agroecossistemas Tradicionais. Montes Claros/MG. 1998. 155 f. Dissertação (Mestrado em en Agroecologia y Desarrollo Rural Sostenible), Universidade Internacional de Andalucia, La Rábida, 1998.
DAYRELL, C. A. Os geraizeiros descem a serra ou a agricultura de quem não aparece nos relatórios dos agrobusinesses. In: LUZ, C; DAYRELL, C.A.A. Cerrado e desenvolvimento: tradição e atualidade. Goiânia, Agência Ambiental de Goiás. 2000.
DAYRELL, C. A. De nativos e de caboclos: reconfiguração do poder de representação de comunidades que lutam pelo lugar. 2019. 459 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Social), Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2019.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL. In: SHIRAISHI NETO, Joaquim (org.). Direito dos povos e das comunidades tradicionais no Brasil: declarações, convenções internacionais e dispositivos jurídicos definidores de uma política nacional. Manaus: UEA, 2007, p. 121-132.
FRANÇA, I. S. X.; SOUZA, J. A.; BAPTISTA, R. S. & BRITTO, V. R. S. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais. Revista Brasileira Enfermagem, [S./l.], v.2, p. 201-208, 2008.
GOHN, M. G. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais. Revista Saúde e Sociedade, [S./l.], v. 13, n. 2, p. 20-31, 2004.
GONÇALVES, C. W. P. As Minas e os Gerais - breve ensaio sobre a geografia do Norte de Minas. Niterói, 2000. mimeo, 21 p.
GONÇALVES, C. W. P. Da Geografia às Geo-grafias: um Mundo em busca de novas territorialidades. II Conferência Latino-americana y Caribeña de CienciasSociales – CLACSO. México, Unviersidad de Guadalajara, 21-22 nov. 2001.
GONÇALVES, C. W. P. Da geografia às geo-grafias: um mundo em busca de novas territorialidades. Em Ceceña, A. E. e Sader, E. (org.), La guerra infinita: hegemonía y terror mundial. Buenos Aires: Clacso, 2002.
GOSS, Karine Pereira. Identidades militantes em ações coletivas contemporâneas em Florianópolis (SC). 2003. 142 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
HAESBAERT, R. Fim dos territórios ou novas territorialidades?. In: Lopes, L.; Bastos, L. (org.). Identidades: recortes multi e interdisciplinares. Campinas: Mercado de Letras, 2002b.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multi- territorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
HAESBAERT, R. Território e Multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 11, n. 17, p. 19-44, mar./2007.
LITTLE, P. E. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília, UnB, 2002.
MENDONÇA, M. R.A urdidura do trabalho e do capital no Cerrado do Sudeste Goiano. 2004. 457 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2004.
MIURA, A. K., LOWE, T. R.; SCHINESTSCK, C. F. Comércio de plantas medicinais, condimentares e aromáticas por ervateiros da área central de Pelotas - RS: estudo etnobotânico preliminar. Revista Brasileira de Agroecologia, [S./l.], v. 2, n. 1, p.1025-1028, 2007.
MORAES, A. C. R. de. A afirmação da territorialidade estatal no Brasil: uma introdução. In LEMOS A. I. G. de; SILVEIRA, M. L.; ARROYO, M. (Org.) Questões territoriais na América Latina. Buenos Aires/São Paulo: Clacso/USP, 2006. p. 41-54.
ORGANIZACÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT. Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes [Convenção 169]. Geneba: OIT, 1989.
PÁDUA, J. A. A “mente monocultural” e a ocupação autoritária do território brasileiro. Revista Proposta, Rio de Janeiro, v. 99, n. 2, p. 6-12, dez/fev de 2003/04.
RIBEIRO, A. C. T. Outros territórios, outros mapas. Revista OSAL, Buenos Aires, v. VI, n. 16, p. 263-272. Enero-Abril de 2000,
SACK, R. Human Territoriality: its theory and history. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
SANTOS, B. S. Semear outras soluções: os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 2005.
SANTOS, B. S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. 2. ed. São Paulo: Cortez. (2008).
SANTOS, B. S. Refundación del Estado en América Latina: Perspectivas desde una epistemología del Sur. Lima: Instituto Internacional de Derecho y Sociedad, 2010. p. 44-46.
SAQUET, M. A. Abordagens e concepções de território. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
SAQUET. M. A., Saber popular, práxis territoriais e contra-hegemonia. 1ª edição, Rio de Janeiro: Consequência, 2019.
SHIVA, V. Monoculturas da Mente: Perspectivas da Biodiversidade e da Biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003. 240 p.
SILVA, A. M. S. Percepção Ambiental dos geraizeiros sobre as plantas medicinais do cerrado no município de Mirabela – MG. In: Colóquio Internacional. A universidade e modos de produção do conhecimento: para que desenvolvimentos? 5, Montes Claros. Anais. Montes Claros: Unimontes, 2015. p. 1-16.
SILVA, C. E. M. Desenvolvimento e sustentabilidade nos cerrados: o caso do sertão norte mineiro. In: LUZ, Cláudia; DAYRELL, Carlos (org.). Cerrado e desenvolvimento: tradição e atualidade. Montes Claros, 2000. p.273-309.
SILVA, S. C. A Família de municípios do agronegócio: expressão da especialização produtiva no front agrícola. 2007. 129 f. Dissertação (Mestrado em Geografia), Programa de Pós-graduação em Geografia do Instituto de Geociências da Unicamp, Capinas, 2007.
SOJA, E. W. The political Organizationof Space. Washington, D.C: AAG ComissiononCollegeGeography. 2001
ZATTA, M. Receitas de plantas medicinais. Porto Alegre: Pastoral da Saúde, 2000. 150 p.
Downloads
Published
How to Cite
License
Copyright (c) 2023 Revista Cerrados
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
In this journal, the copyrights for published articles belong to the author (s), with the rights of the first publication belonging to Revista Cerrados. The articles are publicly accessible, free to use, their own assignments, educational assignments and non-commercial applications.