Nuances and relationships between the Terroir and the Geographical Indication of Minas Gerais coffee: a historical approach

Authors

DOI:

10.46551/rc24482692202424

Keywords:

Coffee from Minas Gerais, Origin of Coffee, Coffee Terroir, Geographical Indication of Coffee

Abstract

For centuries, coffee growing has been one of the most dynamic segments of the economic sector in Minas Gerais, considering the volume of production, the movement of capital and the socio-economic mass occupied in this activity. The main objective of this paper is to carry out an epistemological analysis, through a qualitative exploratory bibliographical survey, describing the relationships present in the production of coffee that has a Geographical Indication (GI) and the specific terroir in the state of Minas Gerais, as well as highlighting the increase in coffee production in the state. Coffee is the Brazilian agricultural product with the highest number of GI registrations at the National Institute of Industrial Property. Its historical trajectory has been part of Brazil's socio-economic and cultural formation since the 18th century. The GI has been the subject of observation and research because it allows the origin of products or services to be identified based on their geographical location. The concept of terroir, meanwhile, is related to key categories in Geography, encompassing the interaction between the natural environment and human factors. This concept is essential because it considers not only natural aspects (climate, soil, relief), but also human elements that influence production. The analysis carried out in this study was based on these concepts, making it clear that coffee production in Minas Gerais is directly linked to both the GI and the terroir. In addition to being the largest coffee producer in Brazil, the state stands out for producing certified coffees, recognized nationally and internationally, according to the standards established by the Brazilian Coffee Industry Association (ABIC) through the Coffee Quality Program.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Daniele Araújo Ferreira, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, Santa Maria (RS), Brasil

É Graduada e Metre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente é Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Endereço: Av. Roraima, 1000, Cidade Universitária bairro – Camobi, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, CEP: 97105-900.

Adriana Célia Alves, Universidad Mayor de San Andrés, La Paz, Bolívia

É Graduada em Letras pela Universidade Federal de Ubelândia (UFU); Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Ubelândia (UFU) e Doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquista Filho (UNESP). Atualmente é Professora na Universidade Mayor de San Andrés (UMSA/La Paz/Bolívia).

Endereço: Av. Villazón, 1995, Plaza del Bicentenario, Zona Central, La Paz, Bolívia.

References

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ - ABIC. Consumo de café no Brasil atinge 15,95 milhões de sacas. Jornal do Café, Rio de Janeiro, n. 154, p. 10-12, 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ - ABIC. Estatísticas – indicadores da indústria de café no Brasil. 2024. Disponível em: http://www.abic.com.br/estatisticas.html. Acesso em: 10 jun. 2024.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉS ESPECIAIS - BSCA. A BSCA. Varginha: BSCA, 2023. Disponível em: https://www.bsca.com.br/page/a-bsca. Acesso em: 23 out. 2024.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉS ESPECIAIS - BSCA. Regiões. Varginha: BSCA, 9 dez. 2024. Disponível em: https://www.bsca.com.br/page/regioes. Acesso em: 23 out. 2024.

BARBOSA, Y. A. Espaço, história e cidade: uma abordagem geográfica do processo urbano de Juiz de Fora na última década do século XIX. 2016. 246 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016. Disponível em: http://www.bibliotecapublica.mg.gov.br/index.php/pt-br/. Acesso em: 21 set. 24.

BANKS, M.; McFADDEN, C, ATKINSON, C. Manual Enciclopédico do Café. Lisboa: Estampa, 2000. 256 p.

BERTHAUD, J.; CHARRIER, A. Genetic resources of Coffea. In: CLARCK, R.J.; MACRAE, R. (Ed.). Coffee: agronomy. London: Elsevier Applied Science, 1985. p.1-40.

BRASIL. Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Brasília: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm. Acesso em: 24 out. 2024.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária. O que é Indicação Geográfica? Como obter o registro? Brasília: MAPA, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/indicacao-geografica/o-que-e-indicacao-geografica-ig. Acesso em: 22 out. 2024.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI. Guia básico de Indicação Geográfica. Brasília: INPI, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/indicacoes-geograficas/indicacao-geografica-no-brasil. Acesso em: 13 out. 2024.

BRUCH, K. L. Indicações geográficas para o Brasil: problemas e perspectivas. In: PIMENTEL, L. O.; BOFF, S. O.; DEL'OLMO, F. de S. (Org.). Propriedade intelectual: gestão do conhecimento, inovação tecnológica no agronegócio e cidadania. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2008.

CHARRIER, A.; BERTHAUD, J. Principles and methods of coffee plant breeding: Coffea canephora. In: CLARCK, R.J.; MACRAE, R. (Ed.). Coffee: Agronomy. London, Elsevier Applied Science, 1985. p. 167-198.

CHEVALIER, A. Les caféiers du Globe I. Généralités sur les caféiers. Paris: Paul Lechevalier, 1929. (Encyclopédie Biologique 5).

CHEVALIER, A. Les caféiers du Globe III. Sistematização de cafeterias e falsas cafeterias. Maladies et insectes nuisibles. Paris: Paul Lechevalier, 1947. (Encyclopédie Biologique 28, Fascicule III).

CORIOLANO, L. N.; SAMPAIO, C.A.C. Territórios solidários latino-americanos e turismo comunitário no rebatimento aos megaempreendimentos transacionais. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GEOCRÍTICA, 12., 2012, Bogotá. Actas … Bogotá, 7 al 11 mayo, 2012.

CHRISTO, M. S. L. Fogão de lenha: quitandas e quitutes de Minas Gerais. 12. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - Conab. Central de informações agropecuárias. Safra Brasileira de Café. Brasília: Conab, 2022. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/cafe/boletim-da-safra-de-café. Acesso em: 14 out. 2024.

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - Conab. Central de informações agropecuárias. Produção de café de 2024 é estimada em 54,79 milhões de sacas, influenciada por clima. Brasília: Conab, 2024. Disponível em: https://www.conab.gov.br/ultimas-noticias/5740-producao-de-cafe-de-2024-e-estimada-em-54-79-milhoes-de-sacas-influenciada-por-clima. Acesso em: 14 out. 2024.

CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL- CNA. Projetos e programas. Indicações Geográficas. Brasília: CNA, 2024. Disponível: https://www.cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/indicacoes-geograficas. Acesso em: 23 out. 2024.

DELOIRE, A.; FERRER, M.; CARBONNEAU, A. Respuestas de la viña al terroir: elementos para un método de estudio. Agrociencia, Texcoco, v.7, n.1, p. 105-113, 2003.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Editora Bookman, 1994.

DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. Café. Dicio, [S. l.], 2024. Disponível em: https://www.dicio.com.br/cafe/. Acesso em: 14 out. 2024.

ECCARDI, F.; SANDALJ, V. O café: ambientes e diversidade. Rio de Janeiro: Casa da palavra, 2003. 256 p.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - Embrapa. Cafés do Brasil obtêm Denominação de Origem para a Mantiqueira de Minas. Brasília: Embrapa, 2020. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/55449241/cafes-do-brasil-obtem-denominacao-de-origem-para-a-mantiqueira-de-minas. Acesso em: 14 out. 2024.

ENCARNAÇÃO, R.O.; LIMA, D.R. Café & saúde humana. Brasília: Embrapa, 2003. 64 p.

FILETTO, F. Trajetória histórica do café na região sul de Minas Gerais. 2000. 133 f. Dissertação (Mestrado em Administração Rural) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2000.

FRANCO, A. De caçador a gourmet: uma história da gastronomia. 2. ed. São Paulo: Senac, 2001. 272 p.

FREITAS, F. Cafeicultura é um dos destaques da agenda estratégica da Emater-MG. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais/Emater, 2023. Disponível em: https://www.mg.gov.br/agricultura/noticias/cafeicultura-e-um-dos-destaques-da-agenda-estrategica-da-emater-mg. Acesso em: 14 out. 2024.

FREIXA, D.; CHAVE, G. Gastronomia no Brasil e no mundo. São Paulo: Senac, 2009. 304 p. 11.

FURTADO, R. O agribusiness brasileiro: a história. São Paulo: Evoluir Cultural, 2002. 225 p.

GLADSTONE, J. S. Wine, terroir and climate change. National Library of Australia Cataloguing-in-Publication entry. Kent Town South Australia, 2011.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GOLLO, S. S.; CASTRO, A. W. V. Indicações geográficas no Brasil: as indicações de procedência já outorgadas e as áreas de produtos com potencial de certificação. In: Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, 46. 2008, Rio Branco. Anais... Rio Branco: Sociedade Brasileira de Economia, Administracao e Sociologia Rural (SOBER), 2008.

GOMENSORO, M. L. Pequeno dicionário de gastronomia. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 432 p.

GUEDES, S. Sudoeste de Minas é a quinta região produtora de café do estado a receber Indicação Geográfica (IG). Agência Sebrae de Notícias MG, Belo Horizonte, 2023. Disponível em: https://mg.agenciasebrae.com.br/economia-e-politica/sudoeste-de-minas-e-a-quinta-regiao-produtora-de-cafe-do-estado-a-receber-indicacao-geografica-ig/. Acesso em 19 out. 2024.

ROBERT, P. Le Nouveau Petit Robert de la Langue Française. [S. l.]: Le Robert, 2010.

LOPEZ, A.; MOTA, C. G. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Senac; 2008. 1059 p.

MAFRA, L. A. S. Indicação Geográfica e construção do mercado: a valorização da origem no cerrado mineiro. 2008. 123 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) – Universidade Federal Rural Rio de Janeiro, Rio Janeiro, 2008.

MARANDOLA, E. JR. Sabor Enquanto Experiência Geográfica: Por uma Geografia Hedonista. Geograficidade, [S. l.], v. 2, n. 1, Verão 2012.

MARTINS, A. L. História do Café. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2012.

MINAS GERAIS. Governo do Estado. Conheça a história do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Prodemge, 2022. Disponível em: https://www.mg.gov.br/pagina/historia. Acesso em: 14 out. 2024.

MORAIS, M. F; MELLO, E. M. R. O Terroir e o Café Especial da Indicação Geográfica do Sul de Minas Gerais. CES Revista, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 258-287, ago. 2019. ISSN 1983-1625. Disponível em: https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/view/2131. Acesso em: 14 out. 2024.

MOREIRA, A. C. História do Café no Brasil. São Paulo: Panorama Rural; Magma Editora Cultural, 2007.

OLIVEIRA, J. T. História do café no Brasil e no mundo. Rio de Janeiro: Kosmos, 1984. 438 p.

OLIVEIRA, M. M. Como fazer pesquisa qualitativa. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

OLIVEIRA, E.; LISBOA, G. dos S.; SILVA, V. de A. O terroir como categoria geográfica: origem e abordagens conceituais. Geopauta, [S. l.], v. 6, p. e11291, 2023. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/article/view/11291. Acesso em: 27 dez. 2024.

PATTERSON, T. Wine and placa: a terroir reader. Oakland, California: University of California Press, 2018.

PIMENTEL, L. O. (Org.). Curso de propriedade intelectual & inovação no agronegócio. Módulo II, indicação geográfica. Brasília: MAPA; Florianópolis: Ead/UFSC, 2009.

RIBEIRO, M. A.; PESSOA, V. L. S. (Org.) Pesquisa qualitativa em geografia: reflexões teórico-conceituais e aplicadas. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2013. p. 207-222.

SAES, M. S. M. Estratégias de diferenciação e apropriação da quase-renda na agricultura: a produção de pequena escala. 2008. 162 p. Tese (Livre docência) –Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

SANTANA, G. H. S. Indicação geográfica (IG) do café do Cerrado Mineiro: dinâmicas e territorialidades. 2022. 148 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) –Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2022. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/34984. Acesso em: 14 out. 2024.

SIMÕES, J.C.; PELEGRINI, D. F. Diagnóstico da cafeicultura mineira. Regiões tradicionais: Sul/Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Belo Horizonte: EPAMIG, 2010. 56p. (Série Documentos, 46). Disponível em: https://livrariaepamig.com.br/wp-content/uploads/2023/02/SD-46.pdf. Acesso em: 14 out. 2024.

SOMMERS, B. J. The geography of wine: how landscapes, cultures, terroir, and the weather make a good drop. London: A Plume Book, 2008.

TONIETTO, J. Afinal, o que é terroir? Bon Vivant, Flores da Cunha, v. 8, n. 98, p. 8, 2007.

TAUNAY, A. E. História do Café no Brasil. Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café, 1939.

TRUBEK, A. B. The taste of place: a cultural journey into terroir. California, EUA: University of California Press, 2008.

VILELA, P. S.; RUFINO, J. L. S. (Org.) Caracterização da cafeicultura de montanha de Minas Gerais. Belo Horizonte: INAES, 2010 (Estudos INAES. Cadeias Produtivas. Café; 1).

VITORINO, A. J. R. Os hábitos alimentares na Corte Imperial brasileira da primeira metade do século XIX. Campinas: Unicamp, 2004. Disponível em: http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=professores&id=11. Acesso em: 19 out. 2024.

Published

2024-11-01

How to Cite

FERREIRA, D. A.; ALVES, A. C. Nuances and relationships between the Terroir and the Geographical Indication of Minas Gerais coffee: a historical approach. Revista Cerrados, [S. l.], v. 22, n. 02, p. 172–193, 2024. DOI: 10.46551/rc24482692202424. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/8205. Acesso em: 2 feb. 2025.