La Educación de Campo como confrontacion a la colonialidad en Brasil
DOI:
10.46551/rc24482692202222Palabras clave:
Educación de Campo. Colonialidad. América Latina.Resumen
La construcción del campo agrario brasileño estuvo atravesada por tensiones que repercutieron la organización social del país en su totalidad. El mismo, se estructuró en un contexto colonial en el cual se configuró el lugar social en el que se posicionaron los territorios y pueblos campesinos. El objetivo de este ensayo es, por lo tanto, discutir la relación entre la Educación Rural y la colonialidad. Las luchas por la educación propiciaron la consolidación del campo agrario como territorio de sujetos de derechos, en oposición a la colonialidad que desde su racionalidad moderna, marginaba a los grupos humanos no blancos y territorios rurales. Durante el siglo XX se produce el proceso de inserción de los países latinoamericanos en los nuevos arreglos capitalistas. En este contexto los territorios rurales y sus poblaciones quedaron asociados al atraso e ignorancia, ya que el desarrollo y la modernización pretendidos se concentraron en la industrialización urbana a través de intereses dependientes y subordinados de los países centrales, constituyendo éste, el punto central de las disputas que asume la Educación Rural. La misma se define a través de la lucha por el derecho a la educación, pero asociado asimismo con un conjunto de otros derechos que demandan un nuevo lugar social, político, cultural y económico a los sujetos y territorios campesinos. Así, la Educación Rural reposiciona el proyecto de país y sociedad brasileña considerando la relevancia campesina en su constitución y realizando de esta manera, la resistencia a la colonialidad históricamente estructurante de las sociedades latinoamericanas.
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