A construção social da Indicação Geográfica para o mel de aroeira no Norte de Minas Gerais: uma análise sobre atores e processos
DOI :
10.46551/rc24482692202016Mots-clés :
Indicação Geográfica; Apicultura; Norte de Minas; Mel de Aroeira.Résumé
O processo de identificação de atributos específicos no Mel de Aroeira do Norte de Minas trouxe novas perspectivas de agregação de valor à produção apícola regional a partir da possibilidade do reconhecimento da Indicação geográfica – IG. Neste contexto, o presente artigo buscou entender o processo de obtenção da IG do Mel de Aroeira no Norte de Minas como uma construção social, fruto de um arranjo envolvendo organizações e instituições que se articulam em níveis regional e local. Como metodologia, foram realizadas revisões bibliográficas, entrevistas a apicultores, presidentes de Associações e representantes de instituições de apoio, também foram utilizados dados secundários de produção de mel na região. Conclui-se que a possibilidade de registro da IG chegou aos apicultores “de cima pra baixo”, liderada pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que vislumbraram uma possibilidade de agregação de valor e desenvolvimento territorial. A própria delimitação territorial da IG do Mel de Aroeira, também não é fruto de uma construção social dos apicultores da região e, sim, definida a partir dos resultados da caracterização do mel e referendada por Instituições.
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