A terceira margem do rio: território e territorialidades nas vazantes da comunidade de Bom Jardim da Prata – São Francisco/MG
DOI :
10.46551/rc24482692202209Mots-clés :
Rio São Francisco. Vazanteiros. Território.Résumé
Este artigo tem como objetivo contribuir com a discussão acerca da comunidade quilombola de Bom Jardim da Prata, localizada no município de São Francisco, norte de Minas Gerais, das disputas territoriais envolvendo recursos hídricos. Assim, a análise toma como base o espaço de interação e sobrevivência, transformando-o em lugar do saber e do fazer no qual o trabalho torna-se modo de ser que se transfigura em relações socioafetivas e socioculturais entre homem e natureza. É a partir do rio que os vazanteiros atribuem a concepção do existir com uma organização social estabelecida por regras de uso do território. Embora haja uma divisão territorial das águas e de suas margens, esses grupos não se mantêm isolados. Há interações e fluxos constantes de pessoas no rio, no qual é possível identificar outros atores sociais, como balseiros, barqueiros e pescadores. Este estudo fez uma análise de como se dá o processo da agricultura de vazante no rio São Francisco, a função do vazanteiro enquanto sujeito agente no sertão e as dinâmicas sociais estabelecidas na comunidade. Para tanto, foi realizada uma análise bibliográfica para fins de compreensão desse conflito e como o mesmo pode contribuir na discussão desse tema.
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