Desenvolvimento territorial do Ceará: uma análise a partir de índices e indicadores

Autores

DOI:

10.46551/rc24482692202119

Palavras-chave:

Desenvolvimento Territorial. Índice. Clusters. Ceará.

Resumo

No presente trabalho, são discutidos os índices de desenvolvimento territorial, aplicando e analisando dados dos municípios do estado do Ceará. Para isso, foram utilizadas quatro dimensões na análise: ambiental, político-institucional, econômica e espacial, através de duas variáveis que retratam cada uma das dimensões. Além disso, buscou-se identificar, por meio do índice de Moran, características relativas à dependência espacial entre os municípios e entre seus respectivos índices de desenvolvimento territorial. A forma de calcular o índice de desenvolvimento territorial seguiu os passos dados no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Índice de Desenvolvimento Sustentável aplicado por Sepúlveda (2005; 2008). Em seguida, foram calculados os índices de correlação espacial de Moran, globais e locais para o desenvolvimento territorial, identificando assim, clusters pelo Ceará. No que diz respeito aos resultados, contatou-se que os melhores índices de desenvolvimento territorial foram obtidos pelos municípios de Fortaleza, Eusébio e Sobral. Também foi identificada, por meio dos índices de Moran local e global, a existência de cinco clusters principais. Deste modo, a existência de poucos agrupamentos indica deficiências que impedem o estopim para o desenvolvimento territorial do estado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Winnie Moreira Albuquerque, Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza (CE), Brasil

É Graduada em Finanças pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente é Doutoranda em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Filipe Augusto Xavier Lima, Universidade Federal do Ceará – UFC, Fortaleza (CE), Brasil

É Graduado em Agronomia e Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Doutor em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente é Professor na área de Extensão e Desenvolvimento Rural, vinculado ao Departamento de Economia Agrícola (DEA) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Referências

ABRAMOVAY, R. Para uma teoria de estudos territoriais. In: MANZANAL, M.; NEIMAN, G.; LATTUADA, M. (comp.). Desarrollo rural: organizaciones, instituciones y territorios. 1. ed. Buenos Aires: CICCUS, 2006. p. 51 – 70.

ALMEIDA, E. Econometria espacial aplicada. Campinas: Alínea, 2012.

ANDRADE, M. C. de. Espaço, polarização e desenvolvimento: uma introdução à economia regional. São Paulo: Atlas, 1987. 120 p.

CAZELLA, A. A.; BONNAL, P.; MALUF, R. S. Multifuncionalidade da agricultura familiar no Brasil e o enfoque da pesquisa. In: CAZELLA, A. A.; BONNAL, P.; MALUF, R. S. (org.). Agricultura Familiar: multifuncionalidade e desenvolvimento territorial no brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2009. v. 1, cap. 2, p. 47 – 70.

FAVARETO, A. A abordagem territorial do desenvolvimento rural: mudança institucional ou “inovação por adição”? Estudos Avançados, São Paulo, v. 24, n. 68, p. 299 – 319, jan 2010a. ISSN 0103-4014. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10480>. Acesso em: 15/07/2019.

FAVARETO, A. As políticas de desenvolvimento territorial rural no Brasil em perspectiva – umadécadadeexperimentações. Desenvolvimento em Debate, RiodeJaneiro, v.1, n.2, p.47–63, janeiro–abril e maio–agosto, 2010b. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/dd/article/view/31916/0>. Acesso em: 15/07/2019.

GAMA, R. G.; STRAUCH, J. C. M. Análise espacial de indicadores de desenvolvimento sustentável: aplicação do índice de Moran. In: 12º Congresso de Geógrafos da América Latina. Montevidéu: [s.n.], 2009. Disponível em: <http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Nuevastecnologias/Cartografiatematica/20.pdf>. Acesso em: 16/07/2019.

GEHLEN, I.; RIELLA, A. Dinâmicas territoriais e desenvolvimento sustentável. Sociologias, Porto Alegre, v. 6, n. 11, p. 20 – 26, jan/jun 2004.

IPECE. Textos para discussão. As regiões de planejamento do Estado do Ceará, Fortaleza, n. 111, p. 1 – 58, 2015. Disponível em: <https://www.ipece.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/45/2014/02/TD_111.pdf>. Acesso em: 30/07/2019.

NORTH, D. C. Instituciones, cambio institucional y desempeño económico. México D.F.: Fondo de Cultura Económica, 1993. 190 p.

RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. v. 29. 269 p. (Temas, v. 29). ISBN 85 08 04290 6.

RIELLA, A.; ANDRIOLI, A. El poder simbólico de las gremiales ganaderos en el Uruguay contemporáneo. Sociologias, Porto Alegre, v. 6, n. 11, p. 184 – 218, jan/jun 2004. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/soc/a/tyGkDcqfL8FQdyqCLxVVV8r/?format=pdf&lang=es>.

Acesso em: 20/07/2019.

SACK, R. D. Human territoriality: its theory and history. Cambridge: Cambridge University, 1986. 272 p. (Cambridge Studies in Historical Geography).

SCHNEIDER, S. A pluriatividade como estratégia de reprodução social da agricultura familiar no Sul do Brasil. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 16, p. 164 – 184, 2001.

SCHNEIDER, S.; TARTARUGA, I. G. P. Territory and territorial approach: From cognitive references to approaches applied to the rural social processes analysis. Raizes, Campina Grande, v. 23, n. 1, p. 99 – 116, jan/dez 2004. Disponível em: <https://mpra.ub.uni-muenchen.de/76485/>. Acesso em: 15/07/2019.

SCHEJTMAN, A.; BERDEGUÉ, J. A. Desarrollo territorial rural. Debates y Temas Rurales, RIMISP (Centro Latinoamericano para el Desarrollo Rural), Santiago, n. 1, p. 1 – 54, 2004. Disponível em: <https://www.rimisp.org/wp-content/files_mf/1363093392schejtman_y_berdegue2004_desarrollo_territorial_rural_5_rimisp_CArdumen.pdf>. Acesso em: 16/07/2019.

SEPÚLVEDA, S. Desenvolvimento sustentável microrregional. Brasília: Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), 2005. 296 p.

SEPÚLVEDA, S. Metodología para estimar el nivel de desarrollo sostenible de territorios. San José: Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura (IICA), 2008. 133 p. (Biogramas).

SOUZA, M. L. de. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E. de; GOMES, P.C. da C.; CORRÊA, R.L. (org.). Geografia: conceitos e temas. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. cap. I, p. 77 – 116.

VALE, F. F. R. do. Desenvolvimento territorial no Rio Grande do Norte: uma identificação de clusters rurais. 2011. 103 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Economia) — Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 201.

VEIGA, J. E. da. A face territorial do desenvolvimento. Revista Internacional de Desenvolvimento Local, São Paulo, v. 3, n. 5, p. 5 – 17, Set 2002.

VELÁSQUEZ, M. S. ¿Cómo entender el territorio? Belinda ramos muñoz. Guatemala: URL; Editorial Cara Parens, 2012. v. 4. 131 p. (Colección Documentos para el debate y la formación, v. 4). ISBN 978-9929-54-002-6.

WAQUIL, P. et al. Avaliação de desenvolvimento territorial em quatro territórios rurais no Brasil. Revista de Desenvolvimento Regional (REDES), v. 15, n. 1, p. 104 – 127, jan/abr 2010. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/redes/article/view/48>. Acesso em 14/07/2019.

Downloads

Publicado

2021-07-01

Como Citar

ALBUQUERQUE, W. M. .; LIMA, F. A. X. Desenvolvimento territorial do Ceará: uma análise a partir de índices e indicadores. Revista Cerrados, [S. l.], v. 19, n. 02, p. 52–80, 2021. DOI: 10.46551/rc24482692202119 . Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/3606. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Categorias