ESTADO DA ARTE DAS PESQUISAS EDUCACIONAIS SOBRE O PAPEL DO PROFESSOR REGENTE NOS ESTÁGIOS CURRICULARES
DOI:
10.46551/259498102022011Palavras-chave:
Curso de Pedagogia. Estágio Supervisionado. Formação de Professores. Professor Regente.Resumo
Este artigo apresenta os resultados de um levantamento das pesquisas sobre o processo formativo dos
acadêmicos dos cursos de licenciatura, em especial, no que se refere aos estudantes do curso de
Pedagogia. Delimita a análise ao momento de realização do estágio curricular obrigatório em
docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Problematiza o papel do professor que recebe o
estagiário em sua sala de aula, identificando os sentidos atribuídos a este profissional, como
mediador entre a universidade e o campo de estágio. Procura compreender seu papel e suas possíveis
contribuições como co-formador de novas gerações de professores. Para isto, realizou-se uma
pesquisa do tipo Estado da Arte. Optou-se por fazer um levantamento das pesquisas disponíveis no
Catálogo de Teses e Dissertações
da CAPES. Os dados coletados referem-se ao período compreendido entre os anos de 2010 e 2020.
Por meio da análise dos dados, foi possível perceber a existência de dissímeis nomenclaturas para se
referir ao professor da escola campo de estágio: “Professor Regente”, “Professor Acolhedor”,
“Professor Colaborador”, “Professor Experiente”, entre outras. O estudo apontou que o professor
regente, mesmo que receba outro nome ou terminologia que o identifiquem como agente formativo
no processo de estágio, ainda é pouco pesquisado. Tal realidade poderia gerar lacunas de
conhecimento que dificultam a compreensão do efetivo papel destes profissionais na formação dos
novos professores. No tocante ao momento de realização dos estágios supervisionados, sobre a forma
como este professor se reconheceria como formador ou corresponsável pelas novas gerações de
profissionais da educação, fica a dúvida sobre a existência de intencionalidade formativa na ação dos
professores regentes, pois as pesquisas demonstram que em certa medida, há apenas uma reprodução
de modelos experienciais de docência, sem um compromisso com a formação dos futuros
professores.
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