PRÁTICAS DE GEOGRAFIA: A ESCOLA COMUM E A ESCOLA DE SURDOS NA PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES
DOI:
10.46551/259498102021027Palabras clave:
Metodologias de ensino, professor de geografia, recursos didáticosResumen
Apesar das políticas de inclusão priorizarem a matrícula dos estudantes surdos na escola comum, o movimento surdo reivindica a criação e a manutenção das Escolas de Surdos. Observa-se a necessidade de pesquisar como está sendo realizado o ensino e a aprendizagem nesses dois espaços, para que os estudantes surdos sejam melhor atendidos. O objetivo geral deste trabalho é analisar como o ensino de Geografia está sendo realizado na Escola Comum e nas Escolas de Surdos, pelo uso da pesquisa qualitativa. Foram aplicados questionários com 42 estudantes surdos do 9º ano do Ensino Fundamental, no âmbito de cinco Escolas de Surdos, localizadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. O estudo verificou que a maioria dos estudantes pesquisados considerou que a aprendizagem nas Escolas de Surdos é ótima, justificando que os professores se comunicam e ministram aulas em Libras, além de utilizarem recursos didáticos que exploram a visualidade, como o computador, projetor multimídia, TV, Internet, mapas, imagens, dentre outros. Já na escola comum, as práticas pedagógicas realizadas pelos professores de Geografia são direcionadas para os estudantes ouvintes e não incluem os surdos em suas especificidades linguísticas e culturais. Concluiu-se que o ensino de Geografia realizado na Escola Bilíngue de Surdos, com professores de Geografia formados na área, proficientes em Libras e com conhecimentos metodológicos para surdos, é realizado de modo satisfatório.
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Citas
PENA, Fernanda Santos. Educação Bilíngue e Geografia nas escolas de surdos. 258 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.630>. Acesso em: 08 de outubro de 2020.