The impact of trade liberalisation and exchange rate undervaluation on exports, imports, and trade balance of Latin American countries (1970-2019)

DOI: https://doi.org/10.46551/epp2024v12n0103

Autores

DOI:

10.46551/epp2024v12n0103

Palavras-chave:

Liberalização Comercial, Taxa de Câmbio Real e Balança Comercial

Resumo

Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar o impacto dos níveis de taxa de câmbio e da liberalização do comércio que ocorreram nas décadas de 1980 e 1990 nas exportações, importações e balanços comerciais dos países da América Latina ao longo das últimas cinco décadas. A ideia básica é atualizar o estudo conduzido por A. Santos-Paulino e A. P. Thirlwall em 2004, que visava testar a hipótese de que as liberalizações comerciais em países em desenvolvimento levam a uma deterioração do saldo comercial ao impulsionar as importações mais do que as exportações. Além disso, esta análise introduz o efeito da taxa de câmbio no saldo comercial por meio do índice de desvalorização da moeda criado por Rodrik (2008). Dados de sete países da América Latina entre 1970 e 2019 foram selecionados para estimar modelos econômicos para exportações, importações e o saldo comercial. Embora a singularidade inerente de cada economia latino-americana torne desafiador fazer conclusões gerais, os resultados mostram que a desvalorização da moeda tem um forte efeito no desempenho das exportações e também apoiam a ideia de que reformas de liberalização do comércio geram desequilíbrios no saldo comercial a longo prazo. Este efeito negativo da liberalização do comércio, no entanto, pode ser compensado por uma política cambial adequada que visa estabelecer uma taxa de câmbio desvalorizada. Se a liberalização do comércio for combinada com uma taxa de câmbio competitiva, então um aumento no crescimento das exportações e no saldo comercial como proporção do PIB será consequência dessa combinação inteligente de políticas de comércio e taxa de câmbio.

Palavras-chave: Liberalização do Comércio, Taxa de Câmbio Real e Balança Comercial.

Abstract: This article aims to analyse the impact of exchange rate levels and trade liberalization that occurred in the 1980s and 1990s on the exports, imports, and trade balances of Latin American countries over the last five decades. The basic idea is to update the study conducted by A. Santos-Paulino and A. P. Thirlwall in 2004, which aimed to test the hypothesis that trade liberalizations in developing countries lead to a deterioration of the trade balance by boosting imports more than exports. Additionally, this analysis introduces the effect of the exchange rate on the trade balance through the currency undervaluation index created by Rodrik (2008). Data from seven Latin American countries between 1970 and 2019 were selected to estimate econometric models for exports, imports, and the trade balance. Although the inherent uniqueness of each Latin American economy makes it challenging to make general conclusions, the results show that currency undervaluation has a strong effect on export performance, and they also support the idea that trade liberalisation reforms generate imbalances in the trade balance in the long run. This negative effect of trade liberalization, however, can be offset by a proper exchange rate policy that aims to set an undervalued exchange rate. If trade liberalization is combined with a competitive exchange rate, then an increase in exports growth and in the trade balance as a ratio to GDP will be consequence of this smart combination of trade and exchange rate policies.   

Keywords: Trade Liberalization, Real Exchange Rate and Trade Balance.

Resumen: Este artículo tiene como objetivo analizar el impacto de los niveles de tipo de cambio y la liberalización del comercio que ocurrieron en las décadas de 1980 y 1990 en las exportaciones, importaciones y saldos comerciales de los países latinoamericanos en las últimas cinco décadas. La idea básica es actualizar el estudio realizado por A. Santos-Paulino y A. P. Thirlwall en 2004, que tenía como objetivo probar la hipótesis de que las liberalizaciones comerciales en países en desarrollo conducen a una deterioro del saldo comercial al impulsar las importaciones más que las exportaciones. Además, este análisis introduce el efecto del tipo de cambio en el saldo comercial a través del índice de subvaloración de la moneda creado por Rodrik (2008). Se seleccionaron datos de siete países latinoamericanos entre 1970 y 2019 para estimar modelos econométricos de exportaciones, importaciones y el saldo comercial. Aunque la singularidad inherente de cada economía latinoamericana dificulta llegar a conclusiones generales, los resultados muestran que la subvaloración de la moneda tiene un fuerte efecto en el rendimiento de las exportaciones y también respaldan la idea de que las reformas de liberalización del comercio generan desequilibrios en el saldo comercial a largo plazo. Este efecto negativo de la liberalización del comercio, sin embargo, puede ser compensado por una política de tipo de cambio adecuada que tenga como objetivo establecer un tipo de cambio subvalorado. Si la liberalización del comercio se combina con un tipo de cambio competitivo, entonces un aumento en el crecimiento de las exportaciones y en el saldo comercial como proporción del PIB será consecuencia de esta combinación inteligente de políticas comerciales y de tasa de cambio.

Palabras clave: Liberalización del Comercio, tasa de cambioReal y Balanza Comercial.

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Biografia do Autor

Marcos A. L. de Campos, University of Brasília (UnB, Brazil)

Economist, University of Brasília (UnB); ORCID: https://orcid.org/0009-0009-6648-1613; email: marcos.lacerda@aluno.unb.br  

José Luis Oreiro, University of Brasília (UnB, Brazil)

Associate Professor at Economics Department, University of Brasília (UnB, Brasília/Brazil)), Professor of the Graduate Program of Economic Integration of the University of Basque Country (UPV, Bilbao/Spain) and Level I Researcher of the National Council for Scientific and Technological Development (CNPq, Brazil); ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4989-2770;  lattes: http://lattes.cnpq.br/3747519200935517; email: joreiro@unb.br

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em Economia da Industria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professor Associado III do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Pesquisador Nível I do CNPq, Pesquisador Associado do Centro de Estudos do Novo-Desenvolvimentismo da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, Membro Senior da Post-Keynesian Economics Society e da European Association for Evolutionary Political Economy e líder do grupo de pesquisa "Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento" cadastrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq. Foi Presidente da Associação Keynesiana Brasileira (2013-2015). Foi professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013-2017), do departamento de economia da Universidade de Brasilia (2008-2013) e da Universidade Federal do Paraná (2003-2008), onde exerceu o cargo de Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas (CEPEC), de vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico (2004-2008) e de coordenador do Boletim Economia Tecnologia (2005-2007), do qual foi o fundador. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Dinâmica Macroeconômica, atuando principalmente nos seguintes temas: acumulação de capital, crescimento econômico, autonomia de política monetária, taxa de juros e dinâmica não linear. Publicou mais 130 artigos em revistas científicas no Brasil e no exterior como, por exemplo, o Journal of Post Keynesian Economics, International Review of Applied Economics, Investigacion Economica, Revista Brasileira de Economia, Revista de Economia Política, Economia e Sociedade e Estudos Econômicos. De acordo com o critério IDEAS/REPEC está entre os 5 mais produtivos pesquisadores em economia do Brasil (em Fevereiro de 2022). É co-organizador dos livros "Agenda Brasil: políticas econômicas para o crescimento com estabilidade de preços" publicado pela Monole em 2003, "Sistema Financeiro: uma análise do setor bancário brasileiro" publicado pela Campus em 2007, "Política Monetária, Bancos Centrais e Metas de Inflação: teoria e experiência brasileira", publicado pela FGV Editora em 2009 e "An Assessment of the Global Impact of Financial Crisis" publicado pela Palgrave Macmillan em 2010. É co-autor do livro "Developmental Macroeconomics: new developmentalism as a growth strategy" publicado pela Routledge em 2015, autor do livro "Macroeconomia do Desenvolvimento: uma perspectiva keynesiana" publicado pela LTC em 2016) e do livro "Macrodinâmica Pós-Keynesiana: crescimento e distribuição de renda" (Alta Books, 2018). É também co-autor do livro "Macroeconomia da Estagnação Brasileira" (Alta Books, 2021). Ganhou o Prêmio Brasil Economia na categoria Livro (2017 e 2020). É editor associado do Review of Keynesian Economics (ROKE) e da Paolo Sylos Labini Quarterly Review. É membro da Post Keynesian Economics Society e da European Association for Evolutionary Political Economy. De acordo com o AD Scientific Index, José Luis Oreiro está situado na 46 posição entre os top 100 economistas da América Latina (Abril, 2022)

Kalinka Martins da Silva, Federal Institute of Goais (IFG, Brazil)

Associate Professor at Federal Institute of Goais (IFG), campus Luziania. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9119-6592; lattes: http://lattes.cnpq.br/6910549571698297 email: kalinka.silva@ifg.edu.br

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Uberlândia (2002) e mestrado em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (2004). Tem experiência na área de Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: antitruste, concorrência, F&A, desemprego, informalidade, mercado de trabalho, porte de empresa, desigualdades regionais, desenvolvimento regional, reestruturação e desnacionalização.

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Publicado

21-05-2024

Como Citar

Campos, M. A. L. de, Oreiro, J. L., & Silva, K. M. da. (2024). The impact of trade liberalisation and exchange rate undervaluation on exports, imports, and trade balance of Latin American countries (1970-2019): DOI: https://doi.org/10.46551/epp2024v12n0103. Revista Economia E Políticas Públicas, 12(1), 26–47. https://doi.org/10.46551/epp2024v12n0103