O BRASIL E O NOVO DESENVOLVIMENTISMO
Abstract
O cenário econômico mundial, a partir do final dos anos 1980, foi predominantemente marcado pela hegemonia da ortodoxia política e econômica. A força de um grande pacto político que reuniu o setor financeiro, rentistas e o grande capital, e que teve o Consenso de Washington como balizador, induziu os países a adotarem políticas liberalizantes como a abertura comercial, as privatizações e desregulamentação. O fracasso dessas políticas, que se manifestou no desemprego, na vulnerabilidade externa e no baixo crescimento, levou a uma modificação nos rumos econômicos, particularmente após a eleição do presidente Lula. No bojo desta conjuntura, podemos perceber uma reorientação do papel do Estado brasileiro, em resposta a uma movimentação da própria sociedade organizada em aplicar uma nova estratégia nacional, tendo o Estado como indutor do desenvolvimento. Nesse projeto de uma nova estratégia, a ação do Estado torna-se estratégica e não sistêmica, voltando-se para fortalecer empresas nacionais em setores estratégicos e competitivos internacionalmente. A esse processo em andamento de uma nova estratégia de desenvolvimento adotamos como a conceituação do que Bresser-Pereira denomina de novo desenvolvimentismo.
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