AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E FINANCEIRAS E O FINANCIAMENTO DOS BANCOS NO BRASIL

Autores/as

  • Luiz Paulo Fontes de Rezende Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Resumen

Resumo: A desregulamentação dos serviços financeiros e sua maior abertura à competição internacional juntamente com os desenvolvimentos tecnológicos em telecomunicações e informática viabilizaram e potencializaram a introdução das inovações financeiras. Assim, o objetivo deste artigo é avaliar empiricamente os efeitos das inovações financeiras na oferta de crédito e na instabilidade dos bancos no Brasil. A metodologia consiste na análise de índices construídos a partir das contas do balanço dos bancos no período de 1995 a 2011. O critério de seleção foi a participação média do Ativo dos bancos no Ativo Total do
sistema financeiro nacional, abrangendo 13 bancos com 77,10%. Os resultados apontaram um crescimento do crédito (crédito/PIB e crédito/ativo) e uma relativa estabilidade financeira (índice de alavancagem financeira). A correlação negativa entre a oferta de crédito e a alavancagem financeira corrobora com a hipótese da fragilidade financeira de Minsky. E apesar do aumento do índice de funcionalidade do sistema bancário brasileiro, ainda a oferta de crédito não é funcional ao setor
produtivo.


Palavras-chave: Inovações tecnológicas e financeiras, bancos e Brasil.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luiz Paulo Fontes de Rezende, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa (2000), mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (2003) e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2012). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Econômica, atuando principalmente nos seguintes temas: sistema financeiro, inovações tecnológicas e financeiras. Atualmente é professor do Instituto de Ciências Agrárias ICA/UFMG e da Unimontes. 

Citas

ANDIMA. O novo perfil do sistema financeiro. (associação nacional das instituições do mercado aberto). Rio de Janeiro, Andima, 2001. p. 104 (re- latório econômico).

BRESSER PEREIRA, L. C. A crise financeira global e depois: um novo capi- talismo? NOVOS ESTUTOS, n. 86. Março, 2010.

CARVALHO, F. C. Sobre a preferência pela liquidez dos bancos. Sistema financeiro: uma análise do setor bancário brasileiro. Org (Paula et al). Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

CHICK, V. A evolução do sistema bancário e a teoria da poupança, do in- vestimento e dos juros. Ensaios FEE, Porto Alegre, (15) 1, 9-23, 1994.

CHICK, V. Macroeconomia após Keynes: um reexame da teoria geral. Rio de janeiro: Forense Universitária, 1993.

DOW, S.C. The stages of banking development and the spatial evolution of fnancial systems. Chapter 2. Money and the Economic Process, Elgar, 1993

FARHI, M. Crise financeira e reformas da supervisão e regulação. IPEA. Brasília, fevereiro de 2011. (Texto para discussão n. 1581).

FARHI, M; PRATES, D. M. M; FREITAS, M. C. P; CINTRA, M. A. M. A crise e os desafios para a nova arquitetura financeira internacional. I Dossiê da Crise. AKB (Associação Keynesiana Brasileira). Novembro de 2008. http:// www.ppge.ufrgs.br/akb.

GUTTMANN, R. PLIHON, D. O endividamento do consumidor no cerne do capitalismo conduzido pelas finanças. Economia e Sociedade. Campinas, v. 17, Número especial, p. 575-610, dez. 2008.

KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural (os economistas), 2ª ed.1985.

KREGEL, J. Minsky and Dynamic Macroprudential Regulation. Levy Economics Institute of Bard College. No. 131, 2014.

MINSKY, H. P. Stabilizing an unstable economy. London: Yale University Press, 1986.

MOLLO, M.L.R. Financeirização como desenvolvimento do capital fictício: a crise financeira internacional e suas conseqüências no Brasil. Texto para discussão 358. Universidade de Brasília. 2011.

OLIVEIRA, C. G. Crédito bancário no Brasil no período recente (2003-2006): uma abordagem pós-keynesiana. In: I encontro internacional da associ- ação keynesiana brasileira, 2008.

PAULA, L. F. R. Ajuste patrimonial e padrão de rentabilidade dos bancos privados no Brasil durante o Plano Real (1994/98). Estudos Econômicos, São Paulo, v. 31, n. 2, Abril/Junho 2001.

PEREZ, C. Technological revolutions and financial capital: the dynamics of bubbles and golden ages. UK; USA: Elgar. 2002.

PLIHON, D. A ascensão das finanças especulativas. Economia e socieda- de. Campinas, (5): 61-78, dez 1995.

PRATES, D. M; FARHI, M. O sétimo estágio de desenvolvimento do sistema bancário. IV Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira (AKB). 3 a 5 de agosto de 2011, Rio de Janeiro/RJ.

SINGER, P. Para entender o mundo financeiro. São Paulo: contexto. 2000.

STUDART, R. Investment finance in economic development. London and New York: Routledge, 1995.

ZENDRON, P. Instituições Bancárias, Concessão de Crédito e Preferên- cia pela Liquidez: Três Ensaios na Perspectiva Pós-Keynesiana. Tese (doutorado em economia). UFRJ/Instituto de Economia. Rio de Janeiro, 2006.

Publicado

2021-04-07

Cómo citar

Rezende, L. P. F. de . (2021). AS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E FINANCEIRAS E O FINANCIAMENTO DOS BANCOS NO BRASIL. Revista De Economía Y Políticas Públicas, 2(2), 63–80. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/economiaepoliticaspublicas/article/view/4065

Número

Sección

Artigos