DO CRUZADO À MORATÓRIA: O LEGADO DO EXPERIMENTO HETERODOXO *

Autores/as

  • Ivan Colangelo Salomão Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE-UFRGS)

Resumen

Resumo: A trajetória política de José Sarney respondeu por um dos principais motivos de sua fragilidade quando assumiu a Presidência da República. Inserido no momento histórico do ocaso do regime militar, o vice-presidente indiretamente eleito enfrentou a hostilidade popular e a indiferença do establishmet político. Desse modo, Sarney tratou de fazer do Plano Cruzado e da negociação da dívida externa suas principais bandeiras políticas. Conquanto fracassadas, ambas as tentativas representam um relevante aprendizado político, econômico e institucional ao Brasil contemporâneo.

Palavras-chave: José Sarney; Plano Cruzado; Moratória da dívida externa; Nova República.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ivan Colangelo Salomão, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE-UFRGS)

Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FCE-UFRGS).

Citas

BAER, Mônica; MACARINI, José Pedro; ANDRADE, Rogério P. de. A performance em 1985 e o contexto favorável ao Plano Cruzado. In: CARNEIRO, Ricardo (org.). Política econômica da Nova República. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

BATISTA JÚNIOR, Paulo N. Da crise internacional à moratória brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

CASTRO, Lavínia B. de. . In: GIAMBIAGI, Fabio et al. (org.). Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2005.

CAMARGO, José Márcio; RAMOS, Carlos Alberto. A Revolução indesejada: o Plano Cruzado e o mercado de trabalho. Rio de Janeiro: Campus, 1988. FASSY, Amaury. Brasil: do FMI ao caos. São Paulo: Global, 1986.

FONSECA, Pedro Cezar D. Legitimidade e Credibilidade: Impasses da Política Econômica do Governo Goulart. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 587-622, Jul./Set. 2004.

HERMANN, Jennifer. Auge e declínio do modelo de crescimento com endividamento: o II PND e a crise da dívida externa. In: GIAMBIAGI, Fabio et al (org.). Economia Brasileira Contemporânea. Rio de Janeiro: Campus- Elsevier, 2005.

LAGO, Luiz A. C. do. A suspensão do pagamento dos juros da dívida externa. In: BATISTA JÚNIOR, Paulo N. (org.). Novos ensaios sobre o setor externo da economia brasileira. Rio de Janeiro: FGV-IBRE, 1988.

MODIANO, Eduardo M. A ópera dos três cruzados. In: ABREU, Marcelo de P. (org.). A ordem do progresso. Cem anos de política econômica republicana. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

NEPOMUCENO, Eric. O outro lado da moeda: histórias ocultas do Cruzado e da moratória. São Paulo: Siciliano, 1990.

PRADO, Maria Clara R. M. A real história do Real. São Paulo: Record, 2005.

PRESSER, Mário F. A renegociação da dívida externa na Nova República. In: CARNEIRO, Ricardo (org.). Política econômica da Nova República. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

SALOMÃO, Ivan C. Arroubos econômicos, legitimação política: uma análise da moratória da dívida externa de 1987. 2010. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

SAMPAIO JÚNIOR, Plínio de A.; AFFONSO, Rui. A transição inconclusa. In: KOUTZII, Flavio (org.). Nova República: um balanço. Porto Alegre: L&PM, 1986.

SARDEMBERG, Carlos Alberto. Aventura e agonia nos bastidores do Cruzado. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

SARNEY, José. Vinte anos do Plano Cruzado. Brasília: Senado Federal, 2006.

SOLNIK, Alex. Os pais do Cruzado contam por que não deu certo. São Paulo: L&PM, 1987.

ZYSMAN, John. How institutions create historically rooted trajectories of growth. Industrial and corporate change, v. 3, n. 1, p. 243-283, 1994.

Publicado

2015-11-30

Cómo citar

Salomão, I. C. . (2015). DO CRUZADO À MORATÓRIA: O LEGADO DO EXPERIMENTO HETERODOXO *. Revista De Economía Y Políticas Públicas, 3(2), 53–68. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/economiaepoliticaspublicas/article/view/4343

Número

Sección

Artigos