O HORROR DA TEXTUALIDADE
Palavras-chave:
Textualidade. Gótico. Medo. Desconstrução. Pós-estruturalismoResumo
O presente artigo tem por objetivo investigar, sob a perspectiva da Desconstrução
derridiana e do pós-estruturalismo, a hipótese de que o horror da Textualidade — aqui
entendido como a possibilidade, em si mesma assustadora, de que o jogo de (auto)referências
(inter-/con-/trans-/meta-/sub-)textuais a que a ficção, a teoria e a realidade empírica atuais têm
se atido revele que não há fora-de-texto — seja, ao mesmo tempo, a Textualidade ou
gramatologia das Trevas, o modo como tem se dado a estetização ou emolduração das Trevas
por meio da ficção gótica na contemporaneidade e na tradição; e um paradigma existencial
tornado literatura, arte, filosofia etc. por meio desse mesmo fazer ficcional, o que equivale a
afirmar que o gótico é um modo de pensar, uma forma de conhecimento, e que as Trevas são
a Existência.