Vol. 28, n. 2, jul/dez, 2022
ISSN: 2179-6807 (online)
EDITORIAL
Caros(as) leitores(as),
Nestes 10 anos de Lei de Cotas, e próximos de sua revisão e avaliação de
importância enquanto política pública, publicamos mais uma edição da Revista de
Desenvolvimento Social (RDS), periódico semestral vinculado ao Programa de
Pós-Graduação em Desenvolvimento Social da Universidade Estadual de Montes Claros
(PPGDS/Unimontes).
A presente edição volume 28, número 2, referente ao segundo semestre de
2022 compõe um esforço contínuo da Equipe Editorial da RDS com o intuito de
aperfeiçoarmos os critérios e o fluxo, a visibilidade, e a qualidade técnica do periódico,
ampliando e adequando o seu trabalho em face aos desafios da comunicação científica
da contemporaneidade.
Neste sentido, juntamente com os competentíssimos pesquisadores, Camila
Mainardi (Universidade Federal de Goiás), Marta Quintiliano (Universidade Federal de
Goiás) e Jacqueline da Silva Costa (Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira) foi elaborado o Dossiê Temático “Trajetórias nas
universidades: Experiências da lei de cotas, transformações políticas e
epistemológicas” para trazer a campo no meio científico todas as nuances que
perpassam essa política pública que tanto alterou a cara e estrutura da universidade
pública brasileira em tantos sentidos diferentes.
Como colocado no próprio título do dossiê, a Lei de Cotas traz
transformações tanto políticas quanto epistemológicas, porque com a aplicação de
uma iniciativa que tenta reduzir as disparidades sociais e de raça num país tão desigual
quanto o Brasil, se experimenta mudanças em termos de ocupação de espaços que são
de poder, e também de como se a construção de conhecimento científico de novos
rostos que agora adentram a universidade com seus saberes, vivências e experiências.
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Revista Desenvolvimento Social, vol. 28, n. 2, jul/dez, 2022
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Seguindo e atendendo essa necessidade de discussão acerca de lei de cotas,
seja para defendê-las quanto para realizar sua avaliação com vistas a sua melhoria, o
dossiê reúnes os seguintes trabalhos: (1) É preciso aquilombar o território educacional
de Marta Quintiliano; (2) As políticas de ações afirmativas por dentro: um relato de
(sobre)vivência e a fuga como lugar de produção de conhecimento de zwanga adjoa
nyack; (3) Trajetórias e experiências de vida acadêmica wauja de Autaki Waurá; (4)
Autobiografia: uma trajetória acadêmica kaiowá e guarani de Antonio Carlos Benites;
(5) Ações afirmativas na pós-graduação e povos indígenas no estado do Rio de Janeiro
de Marize Vieira de Oliveira, Ricardo Sant’ana Felix dos Santos, Daniel Ganzarolli
Martins e Mariana Paladino; (6) Serviço social e capacitismo: a formação profissional
de estudantes com deficiência de Pedro Egídio Nakasone e Luzia Fátima Baierl; (7)
Políticas de ação afirmativa na perspectiva dos direitos humanos: o caso das cotas
raciais brasileiras de Gustavo Henrique Camargo e Carmém Lúcia Costa.
Mas assim como a Lei de Cotas perpassa por toda uma estrutura de
conhecimentos interdisciplinares e estudos diversos, se faz necessário também nesta
publicação trazer artigos fora da seara do dossiê, mas importantes ao constructo
científico da presente revista, sendo estes os trabalhos presentes: (1) As relações entre
o homem cordial e os bestializados no (não) exercício da cidadania brasileira de Ralph
Neves; (2) Quanto custa ser feliz? Sobre mecanismos e programas imperativos de
consumo do ser na sociedade neoliberal de Carla Caetano e Leonardo Brandão; (3)
Precarização da docência do ensino superior: flexibilização e intensificação do trabalho
docente de Aurora Maria Morais; (4) Desafios socioambientais da tríplice fronteira
amazônica Brasil, Colômbia e Peru de Luiz Felipe Barboza Lacerda.
Desejamos a todos(as) uma boa leitura desta edição. A a próxima!
Júnio Matheus da Silva Cruz,
pela equipe editorial.
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