ENTRE EMPREENDIMENTOS DE LUXO E MISÉRIA: METAMORFOSE E CONTRADIÇÕES EXPRESSAS NO ESPAÇO URBANO DE MAPUTO, MOÇAMBIQUE
Resumo
Nas últimas décadas, Moçambique “abre suas fronteiras” ao capital internacional. Como resultado deste processo, Maputo, capital e principal centro financeiro e comercial do país, passa a acolher inúmeras empresas transnacionais. A chegada destes novos agentes transforma, de forma significativa, o cenário urbano da capital moçambicana, que agora passa por múltiplas metamorfoses, expressando grandes contradições. Desta maneira, deslocar-se pelas ruas de Maputo suscita um conjunto de paisagens simbólicas que misturam o novo e o velho, o moderno e o obsoleto, o urbano e o rural, dentre inúmeras outras dicotomias. Se em uma porção da cidade temos uma região central digna de cenários de uma “metrópole de primeiro mundo” – presença de carros e edificações de luxo, shoppings e centros comercias com sua vasta oferta de produtos, prédios, bancos, empresas e centros de serviços avançados, além ainda dos museus, parques e praças de beleza invejável – por outro, ascende a Maputo que representa a maioria dos moçambicanos, parcial ou completamente sem oferta de condições mínimas de saúde, educação, renda, transporte, saneamento, dentre vários outros importantes serviços básicos para a diminuta sobrevivência. Condições e contradições que fazem com que, atualmente, o país possua o quinto pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de todo o planeta.
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