HISTÓRIA DA FORMAÇÃO E RENOVAÇÃO DA UMBANDA NO BRASIL: UM ESTUDO DE CASO NO TERREIRO ZAMBI-IRIS, BOCAIUVA/MG
Palavras-chave:
Dessincretização, História da Umbanda, Mito fundador, RenovaçãoResumo
O objetivo deste artigo é analisar o processo e a compreensão histórica do surgimento, fundação e (des) institucionalização da Umbanda brasileira, bem como a Renovação da mesma com enfoque no terreiro Zambi-Iris, localizado em Bocaiuva/MG. Metodologicamente procedeu-se pela revisão bibliográfica, observação participante/direta, entrevistas estruturadas e semiestruturadas aos umbandistas do supracitado terreiro. O estudo compreendeu que a interpretação histórica da Umbanda no Brasil segue por duas vias de análise: uma tradicional (no sentido de mais popularizada) marcada pelo “mito fundador”, a partir da anunciação de Zélio de Moraes incorporado com o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908; e outra numa postura mais crítica a qual não haveria um “momento” fundador, mas um “longo processo” fundador gestado a partir da colonização brasileira. A vertente crítica entende que há oposição entre a “Umbanda Branca” e de classe média, de caráter racista, evolucionista e nacionalista, além de sincrética com os então “cultos brancos” (kardecismo e catolicismo) e a “Magia Negra”, caracterizada pela classe média como “baixo-espiritismo” praticado por negros. Logo, muitos terreiros brasileiros, como o Zambi-Iris, adotam posturas de renovação, reestruturação e dessincretização dos cultos, retirando, principalmente, elementos católicos e maior aproximação com práticas africanas /indígenas.
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