O cartaz #elenão como etiqueta comunicacional e de insurgência
Reflexões sobre agência e mobilizações em rede
DOI:
10.46551/issn2179-6807v26n2p122-141Palavras-chave:
Mobilização social, Rede, Insurgência, Estética, MídiaResumo
Em setembro de 2018, o movimento #EleNão se difundiu pelos 27 distritos brasileiros e algumas cidades do exterior em protesto contra a agenda política do então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro. Um cartaz de origem digital, amplamente difundido nas redes sociais e em materiais gráficos, com a vocalização "Ele Não" tornou-se a etiqueta de insurgência para a mobilização em rede. A proposta do trabalho foi refletir esta perspectiva considerando a enunciação de vocabulários, palavras de efeito e estéticas políticas nas mobilizações contemporâneas e suas possíveis relações com os sujeitos, sua agência e os espaços de mobilização reticulada.
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