Origem e constituição histórica das devoções santeiras em Minas Gerais

Autores

DOI:

10.46551/issn2179-6807v26n2p192-214

Palavras-chave:

Devoções santeiras, catolicismo popular, festas religiosas, Minas Gerais, romanização do catolicismo

Resumo

É entendimento corrente o fato de a sociedade brasileira ser predominantemente católica. Esse catolicismo, contudo, é historicamente marcado por dois subsistemas que disputam espaços de poder e influência: um institucional, centrado nos sacramentos e na mediação do clero, e outro popular, de corte devocional, centrado no culto aos santos. Essas devoções santeiras resultaram basicamente da ação dos próprios colonizadores que vieram para o Brasil trazendo sua fé, seus santos e respectivas crenças, festas, promessas e penitências. Longe do catolicismo institucional e dos regulamentos do Vaticano, essas práticas religiosas diversificaram-se ainda mais quando se fundiram com elementos religiosos de indígenas e africanos. Em Minas Gerais, onde as ordens religiosas foram proibidas de se instalar ao longo do século XVIII, foram criadas ordens terceiras, irmandades e associações religiosas de toda espécie. Isso fez com que frutificasse um catolicismo leigo ou catolicismo popular que coube ao Vaticano tentar enquadrar, sobretudo a partir do final do século XIX, naquilo que ficou conhecido como “romanização do catolicismo”.

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Biografia do Autor

João Valdir Alves de Souza, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Titular de Sociologia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);  https://orcid.org/0000-0002-4201-8060;  jvaldir@ufmg.br

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Publicado

2021-04-16

Como Citar

ALVES DE SOUZA, J. V. Origem e constituição histórica das devoções santeiras em Minas Gerais. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 192–214, 2021. DOI: 10.46551/issn2179-6807v26n2p192-214. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/3611. Acesso em: 8 nov. 2024.