As relações entre o homem cordial e os bestializados no (não) exercício da cidadania brasileira
The relations between the cordial man and the bestialized in the (non) exercise of brazilian citizenship
DOI:
10.46551/issn2179-6807v28n2p162-182Palavras-chave:
Homem Cordial, Bestializados, Cidadão, Atitude blasé, RepúblicaResumo
O tema proposto neste trabalho tratou das relações entre o Homem Cordial e os bestializados no (não) exercício da cidadania brasileira. Desse modo, serviram como referências as obras Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda e Os bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não foi (1987), de José Murilo de Carvalho. O principal objetivo do estudo foi analisar as relações entre o Homem Cordial e os bestializados enquanto “não-cidadãos”. O caminho metodológico percorrido foi fomentado pela pesquisa bibliográfica, visando conceituar alguns temas relevantes como: cidadão/cidadania, Homem Cordial, bestializados, atitude blasé, dentre outros. Destaca-se que esses foram caracterizados a partir do conceito de “tipos ideais” de Max Weber. Os resultados alcançados foram condizentes com as pretensões do trabalho, em especial no que tange às semelhanças entre o Homem Cordial e os bestializados, demonstradas através do não-exercício da cidadania, visto que direitos políticos e sociais pertenciam à minoria. Da mesma forma, foi possível entender o relevante papel científico que a Sociologia traz às discussões acadêmicas, sobretudo quando ela foge às tentações de alcançar a verdade absoluta, e se abre às novas reflexões e teorias.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
BASBAUM, Leôncio. História Sincera da República: das origens até 1889. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1957.
Bestializado. Disponível em: https://www.dicio.com.br/bestializado/ Acesso em 15 jul. 2021.
BEZERRA, Elvia. Ribeiro Couto e o homem cordial. Disponível em: https://www.academia.org.br/abl/media/prosa44c.pdf. Acesso em 17 de jul. 2021.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em 14 jul. 2021.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 17 jul. 2021.
BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 24 de fevereiro de 1891). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm Acesso em 15 jul. 2021.
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
__________ . Os bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não foi. 4.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Cidadania. Disponível em: https://www.dicionarioetimologico.com.br/cidadania/ Acesso em 13 jul. 2021.
Cidadão. Disponível em: https://www.dicio.com.br/cidadao/ Acesso em 08 jul. 2021.
Culturalização. Disponível em: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/culturalizacao Acesso em 08 jul. 2021.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1998. Disponível em: https://estudeidireito.files.wordpress.com/2016/03/dalmo-de-abreu-dallari-elementos-da-teoria-geral-do-estado.pdf Acesso em 08 jul. 2021.
Família patriarcal no Brasil. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/familia-patriarcal-no-brasil.htm Acesso em 08 jul. 2021.
GRECO, Heloísa. O “passado que nos cerca” e a promessa do futuro: considerações sobre a questão da cidadania em Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda. Fronteiras, Campo Grande, UFMS, v. 5, n. 10, 2001.
LEI SARAIVA. Decreto n.º 3.029, de 9 de janeiro de 1881. Disponível em: https://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/lei-saraiva Acesso em 15 jul. 2021.
LIMA, Maria Eliene.; JUNIOR, Antônio da Silva Menezes; BRZEZINSKI, Iria. Cidadania: sentidos e significados. Educere – XIII Congresso Nacional de Educação. Curitiba, 2019.
MARSHALL, T. H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1967.
NIETZSCHE, Friedrich W. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Friedrich Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
PAIVA, V. Um século de educação republicana. Pró-Posições, Campinas, v. 1, n. 2, p. 7-21, jul. 1990.
Proclamação da República. Disponível em: http://www.conteudoseducar.com.br/conteudos/arquivos/3221.pdf Acesso em 15 jul. 2021.
SENADO FEDERAL. Lei, decretos e modelos relativos á ultima reforma eleitoral. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/227300 Acesso em 15 jul. 2021.
SIMMEL, Georg. 1973 [1903]. “A metrópole e a vida mental”. In: VELHO, Otávio Guilherme (org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
SOUZA, Ricardo Luis de. As raízes e o futuro do “Homem Cordial” segundo Sérgio Buarque de Holanda. Caderno CRH, Volume 20, n.º 50, Salvador, 2007.
SOUZA, Jessé. Os batalhadores brasileiros: Nova classe média ou nova classe trabalhadora. 2.ed. Revisada e Ampliada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.
_____________. A tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. 2.ed. Rio de Janeiro: LeYa, 2018.
Transformamos pobres em consumidores e não em cidadãos. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46624102 Acesso em 08 jul. 2021.
WAIZBORT, Leopoldo. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: Editora 34, 2006.
WEBER, Max. A “objetividade” do conhecimento nas ciências sociais. Tradução, Apresentação e Comentários de Gabriel Cohn. São Paulo: Ática, 2006.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ralph Neves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Esta licença permite que outros(as) façam download do trabalho e o compartilhe desde que atribuam crédito ao autor(a), mas sem que possam alterá-lo de nenhuma forma ou utilizá-lo para fins comerciais.