Quanto custa ser feliz? Sobre mecanismos e programas imperativos de consumo do ser na sociedade neoliberal
How much does it cost to be happy? On imperative mechanisms and programs of consumption of being in neoliberal society
DOI:
10.46551/issn2179-6807v28n2p183-203Palavras-chave:
Discurso, Felicidade, Psicologia Positiva, Neoliberalismo, SubjetividadeResumo
Neste artigo resenhamos e analisamos o livro “Felicidade Autêntica – Use a Psicologia Positiva para alcançar todo seu potencial” de Martin E. P. Seligman. A intenção da análise é problematizar o discurso hegemônico da psicologia positiva que se funda como dominante na atualidade. Como método usamos a análise de discurso de Michael Foucault, na busca de averiguar o que emerge como dominante no que tange a problemática em questão. Percebemos que o discurso sobre felicidade é construído de modo pontual, pragmático e com caráter indutivo. Sempre se parte de um lugar do sujeito individual, de experiências individuais para construir um padrão de ser, que visa individualizar condutas em função dos resultados demonstrados pelo autor e por sua teoria psicológica. A partir de nossa análise entendemos que a psicologia fundada em prol desse discurso de positividade funciona dentro de uma ética utilitarista, e por vezes atua como uma reprodutora de padrões hegemônicos da sociedade neoliberal.
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